TRÊS DIAS DE EDUCA-CÃO ( Sem o Cedilha mesmo)
Por William
Pereira da Silva
Estou na sala de informática digitando algumas declarações
quando ouço gritos histéricos e percebo movimentos nos corredores, olho para a
hora, constato que não estava ainda no intervalo das 9h30min. Curioso, fui dar
uma olhadela lá fora, abro a porta e me deparo com um jovem franzino, baixo,
cabelos pintados de loiro, percebi logo que não era aluno da escola, o mesmo
gritava dizendo que ia tocar fogo nas carteiras dentro das salas de aulas,
começou a chutar as portas por onde passava. Sai da sala e comecei a observar mais
de perto a ação deste jovem delinquente. Percebi que o mesmo parecia estar
drogado. Andava de um lado para o outro feito louco ameaçando todos que encontrava pela frente, vi
que outros três os acompanhava dando-lhes cobertura e incentivando a realizar
suas ações maléficas. Subiu a rampa, dirigiu para a sala de aula no andar
superior, começou a jogar carteiras para cima, nas paredes causando um barulho
infernal. Continuei olhando passivamente para ele que continuava sua trajetória
alucinada. Depois de aconselhado por uma corajosa professora ele resolveu sair,
entretanto foi em direção as bicicletas
para tentar furta-la sendo impedido pelos funcionários. Telefonamos para a
Polícia que não apareceu. A dose foi repetida por mais dois dias até a polícia
chegar e deter esses adolescentes infratores. A polícia leva-os ao SEDUC, é prestado depoimento no DEA. Os pais liberam os
jovens por não poderem ficar detidos, pois são menores de idade.
O terror se instalou na escola, alunos corriam desorientados,
funcionários empalideciam, outros se escondiam, foi o caos generalizado. Foram
três dias de aflição para todos. Parecia que ia se repetir o que aconteceu no
Rio de janeiro em Realengo.
Passado dias do ocorrido um dos adolescentes, ex-aluno da
escola volta e ameaçam de morte a Diretora e o professor que foi ser testemunha
dos fatos ocorridos.
Solicitamos reunião com a representante da 12 ªDired que em reunião prometeu segurança
para a escola, mas ainda nada foi resolvido em definitivo.
Leio no site do Governo que a Governadora convoca professores
e sociedade para construir um novo momento na educação. A Governadora disse que o Governo do Estado do Rio Grande
do Norte vem cumprindo seu dever de casa com relação à educação. Esse
dever de casa esta malfeito, precisa ser revisto. Faz festa por cumprir o Piso
dos professores, cem ônibus para transportar estudantes, nomeia mais de mil educadores,
mas esquece da segurança pública e das escolas em especial. Que adianta professores
ter dinheiro, alunos chegarem às escolas, ter mais professores e os jovens
marginais aterrorizam os estabelecimentos públicos estaduais de ensino não deixando
as aulas acontecerem.
Conserta
de um lado e quebra do outro.
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