domingo, março 18, 2012

TRÊS DIAS DE EDUCA-CÃO ( Sem o Cedilha mesmo)


Por William Pereira da Silva
Estou na sala de informática digitando algumas declarações quando ouço gritos histéricos e percebo movimentos nos corredores, olho para a hora, constato que não estava ainda no intervalo das 9h30min. Curioso, fui dar uma olhadela lá fora, abro a porta e me deparo com um jovem franzino, baixo, cabelos pintados de loiro, percebi logo que não era aluno da escola, o mesmo gritava dizendo que ia tocar fogo nas carteiras dentro das salas de aulas, começou a chutar as portas por onde passava. Sai da sala e comecei a observar mais de perto a ação deste jovem delinquente. Percebi que o mesmo parecia estar drogado. Andava de um lado para o outro feito louco  ameaçando todos que encontrava pela frente, vi que outros três os acompanhava dando-lhes cobertura e incentivando a realizar suas ações maléficas. Subiu a rampa, dirigiu para a sala de aula no andar superior, começou a jogar carteiras para cima, nas paredes causando um barulho infernal. Continuei olhando passivamente para ele que continuava sua trajetória alucinada. Depois de aconselhado por uma corajosa professora ele resolveu sair, entretanto  foi em direção as bicicletas para tentar furta-la sendo impedido pelos funcionários. Telefonamos para a Polícia que não apareceu. A dose foi repetida por mais dois dias até a polícia chegar e deter esses adolescentes infratores. A polícia leva-os ao SEDUC, é  prestado depoimento no DEA. Os pais liberam os jovens por não poderem ficar detidos, pois são menores de idade.
O terror se instalou na escola, alunos corriam desorientados, funcionários empalideciam, outros se escondiam, foi o caos generalizado. Foram três dias de aflição para todos. Parecia que ia se repetir o que aconteceu no Rio de janeiro em Realengo.
Passado dias do ocorrido um dos adolescentes, ex-aluno da escola volta e ameaçam de morte a Diretora e o professor que foi ser testemunha dos fatos ocorridos.
Solicitamos reunião com a representante da  12 ªDired que em reunião prometeu segurança para a escola, mas ainda nada foi resolvido em definitivo.
Leio no site do Governo que a Governadora convoca professores e sociedade para construir um novo momento na educação. A Governadora disse que o Governo do Estado do Rio Grande do Norte vem cumprindo seu dever de casa com relação à educação. Esse dever de casa esta malfeito, precisa ser revisto. Faz festa por cumprir o Piso dos professores, cem ônibus para transportar estudantes, nomeia mais de mil educadores, mas esquece da segurança pública e das escolas em especial. Que adianta professores ter dinheiro, alunos chegarem às escolas, ter mais professores e os jovens marginais aterrorizam os estabelecimentos públicos estaduais de ensino não deixando as aulas acontecerem.
Conserta de um lado e quebra do outro. 

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