terça-feira, novembro 07, 2006

GRÊMIO ESTUDANTIL

GRÊMIO ESTUDANTIL

Por William Pereira da Silva

Podemos entender Grêmio como um grupo de pessoas que se submetem a um regulamento a fim de exercer uma atividade comum ou defender interesses comuns, então podemos entender Grêmio Estudantil, como um grupo de alunos unidos em defender seus interesses comuns dentro de uma comunidade estudantil ou escola tendo um regulamento ou estatuto norteando suas atividades.
Os Grêmios estudantis já foram uma força de representação dos estudantes em épocas passadas onde atuavam em lutas em prol da classe estudantil e saiam muitas das vezes nas ruas exigindo que seus direitos a uma educação de qualidade fossem assegurados, não só direitos estudantis, mas também direitos políticos. Por isso, é importante deixar claro que um de seus principais objetivos é contribuir para aumentar a participação dos alunos nas atividades de sua escola, organizando campeonatos, palestras, projetos e discussões, fazendo com que eles tenham voz ativa e participem – junto com pais, funcionários, professores, coordenadores e diretores – da programação e da construção das regras dentro da escola.Para resumir: um Grêmio Estudantil pode fazer muitas coisas, desde organizar festas nos finais de semana até exigir melhorias na qualidade do ensino. Ele tem o potencial de integrar mais os alunos entre si, com toda a escola e com a comunidade.
Há um distanciamento enorme na atuação dos grêmios estudantis de hoje que só visam confeccionar carteiras de estudantes e esquecem totalmente sua finalidade em representar os alunos dentro das escolas exigindo que seus direitos mais elementares sejam assegurados. Os Grêmio de antigamente que eram um grêmio forte atuando para os estudantes ter organização e planejamento desenvolvendo atividades políticas, social, recreativas, festivas, esportivas, cultural, artísticas e pedagógicas, criando condições dos alunos terem uma sala com mesas, cadeiras, birôs, estantes, material de expediente, cronograma de atividades e reunidos criar uma pauta de reivindicações lutando pelos seus projetos e ideais.
É de suma importância os alunos entenderem a finalidade de um grêmio procurando urgentemente formar o seu dentro da sua escola. Um grêmio é a melhor forma dos alunos unidos assegurarem seus direitos em sua plenitude. Alunos desorganizados são presas fáceis de serem manipulados e enganados pelos administradores antidemocráticos que são muitos no universo escolar.
É fácil formar um grêmio, basta alguns alunos se reunirem assumindo o compromisso de elaborar um estatuto ou regulamento (pode ser simples) em seguida marcar assembléias e reuniões semanais com este grupo e começa

rem a debater as eleições, seus anseios, necessidades, projetos, idéias, problemas, situação da escola, merenda escolar, campeonatos, torneios, festas, disciplina da escola, assiduidade de professores, atuação da direção, participação em conselhos escolar e fiscal, participação no orçamento e exigir da comunidade meios de poderem agir em defesa de seus direitos.
O Grêmio organizado pode e deve exigir recursos financeiros e materiais da direção da escola para desenvolver suas atividades utilizando verbas onde os alunos poderiam criar um caixa e isto muitos não querem agindo para não formação dos grêmios nas escolas em que dirigem.
Os alunos que desejam formar grêmios procurem as escolas que já tem ou algum professor interessados em ajudar facilitando sua criação.
O estudante tem de assumir uma posição em que o professor Antonio Capistrano (ex-vice prefeito de Mossoró) utilizou num dos seus artigos nos jornais gazeta do oeste e jornal de fato em junho de 2005, “O ESTUDANTE, ESSE SUBVERSIVO” onde se questiona a passividade dessa nossa juventude e incita os estudantes a serem subversivos no bom sentido da palavra que é aquele que pretende destruir ou transformar a ordem política, social e econômica estabelecida; um revolucionário.
Alguns trechos do artigo do professor Antonio Capistrano merecem ser revisto para esclarecer e incentivar os estudantes a entrar nesta luta pela democratização nas escolas públicas.
“Historicamente, o estudante (leia-se juventude) tem sido um segmento social revolucionário, modificadora de padrões sociais e culturais. Sempre nos grandes momentos da história da humanidade a sua presença foi decisiva...”.
“O que me preocupa hoje, neste inicio de um novo século e de um novo milênio é uma certa inércia da juventude em todo o mundo, uma certa paralisia na sua verve revolucionária, a uma apatia na participação política, nos debates de interesse da coletividade. Os grêmios de escolas públicas e privadas... não despertam mais o interesse dos estudantes...”
“É exatamente dessa inquietude do estudante, esse subversivo, que estou sentindo falta no inicio deste século e primórdio de um novo milênio. Mas, vamos ter esperança nesses jovens que historicamente sempre estiveram na vanguarda das lutas.”
Caro jovem estudante, ser subversivo em busca de mudanças não é só usar roupas diferentes, pirceng, cabelos arrepiados, roupas frouxas ou indecentes, maquiagens exageradas, sair quebrando tudo que encontra pela frente, usar drogas, revoltar-se com tudo e com todos sem motivos. Ser subversivo é mudar a ordem estabelecida procurando algo melhor e de qualidade tendo mais prazer de viver e se relacionar com os outros, lutar pelos seus direitos enfrentando aqueles que querem continuar na mesmice colocando os estudantes em situação de submissão e serventia. LUTAR É PRECISO.

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