OS NOVOS RUMOS PARA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR – PROESP-BR
OS NOVOS RUMOS PARA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR – PROESP-BR
Por William Pereira da Silva
Os professores de educação física da rede pública têm uma enorme dificuldade de aplicar seus conhecimentos dentro da realidade das escolas.
Muitos estão perdidos e não sabem como agir diante das determinações da secretaria de educação, no que se refere às avaliações e metodologias a serem aplicadas. Determinações estas impostas pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação( LDB ) e os Parâmetros Curriculares Nacional (PCN’S).
Geralmente recebemos críticas por mostrar que no passado ( década 70-80 e inicio de 90) a Educação Física escolar funcionava.Relembramos os testes e exames que realizávamos e que todos, alunos e professores de educação física gostavam de executar, duravam de dois a três meses os exames médicos, biométricos, testes aptidão física e de aptidão motora. Toda escola era envolvida, havia uma intervenção nos horários normais de aulas com o envolvimento de todos os alunos e professores da escola. Durante o restante dos bimestres as aulas eram complementadas com recreação, jogos, exercícios físicos de ginástica, calistênia, torneios, campeonatos internos e diversas outras atividades, todos sabiam o que fazer e terminávamos o ano letivo cumprindo nossa carga horária satisfatoriamente. Tudo funcionava normal e naturalmente. A subcoordenadoria de educação Física e desporto tinham um manual com todos os exercícios físicos e instruções dos exames e testes com tabelas e modelos das fichas de todos os alunos para colocar os dados dos testes realizados. Existia um livro com a regulamentação das atividades do Professores de Educação e determinações que regulamentavam o nosso exercício profissional no estado.
Praticamente paralisada a educação física escolar tem solução para os seus problemas com um projeto lançado pelo governo através do Ministério do Esporte e turismo e a UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - Centro UFRGS de Excelência Esportivo – PROJETO ESPORTE BRASIL – PROEP-BR - Indicadores de Saúde e de Desempenho Esportivo em Crianças e Jovens. Ver site www.ufrgs.br/esef/proesp-br.
A seguir veremos a que vem a ser este projeto:
INTRODUÇÃO
A EF configura-se como disciplina escolar cuja especificidade lhe atribui responsabilidades inerentes ao desenvolvimento da cultura corporal. Entende-se por cultura corporal a competência relativa às habilidades e condicionamentos passíveis de educar crianças e jovens para a utilização adequada de seu tempo de lazer através de práticas corporais tais como o esporte, a dança, a ginástica e jogos.
É, da mesma forma, responsabilidade da EF a promoção da saúde através da educação para uma vida fisicamente ativa e esportivamente rica; desenvolver estratégias para que crianças e jovens criem o gosto pelas atividades da cultura corporal; desenvolver conhecimentos sobre as relações das práticas corporais com a saúde; proporcionar hábitos de lazer fisicamente ativos, além de desencadear alternativas para a democratização das práticas da cultura corporal em nosso país.
Desta forma o Projeto Esporte Brasil - PROESP-BR - desencadeado no espaço claramente definido da educação física escolar, tem por objetivo geral delinear o perfil somatomotor, dos hábitos de vida e dos fatores de desempenho motor em crianças e adolescentes na faixa etária entre 7 a 16 anos tendo em vista a possibilidade de constituir indicadores para a constituição de uma política de educação física e esportes para crianças e jovens no Brasil.
A relevância do projeto deve-se, entre outros fatores, pela incipiente presença de dados fidedignos relativos aos segmentos da população escolar brasileira envolvidas com as práticas de educação física e esporte escolar. Esta incipiente informação não tem permitido um adequado diagnóstico das condições das capacidades motoras e de aptidão física relacionada à saúde e ao desempenho esportivo, bem como suas possíveis relações com hábitos de vida.
Em síntese, para além do Projeto Brasil, trabalho pioneiro de Maurício Leal Rocha e sua equipe nos anos 70 e dos relevantes trabalhos de Barbanti (1983); Matsudo e col.(1992); Marques e col (1982); Böhme & Freitas (1989); Kalinowski & Kiss (1996); Guedes e Guedes (1997); Doréa (1990); Arruda (1990), Lopes (1999) entre outros; pela amplitude territorial do país que impõe diferenças culturais importantes, não se dispõe, de forma sistematizada, do conhecimento das características e do estado de crescimento da população escolar brasileira, muito menos do seu valor físico, capacidade motora, seus interesses e motivações relacionadas às práticas da cultura corporal em geral e esportiva em especial.
Nesta perspectiva, o presente projeto propõe colaborar sugerindo instrumental válido, fidedigno, de baixo custo e de muito fácil aplicação, permitindo aos professores de educação física nas inúmeras escolas de nosso Brasil utilizá-lo no sentido de estabelecer o acompanhamento de seus alunos no que se refere aos aspectos de crescimento e desenvolvimento somatomotor, aspectos nutricionais, e de aptidão física.
Por outro lado, tendo em vista a constituição de uma rede de informações e um banco de dados nacional, assessorados pelos Centros de Excelência Esportiva (CENESP) do Ministério do Esporte e do Turismo, será permitida uma fácil, rápida e competente comunicação entre a rede CENESP, as Escolas de Formação de Professores de Educação Física e a população de professores atuantes nas escolas do ensino fundamental em todo o território nacional. Dessa forma, pretende-se delinear um perfil da população escolar brasileira possibilitando a definição de subsídios para a consolidação de políticas adequadas para a área de educação física e esportes em nosso país.
Acresce ainda, na medida em que as avaliações tratam de capacidades de prestação motora no âmbito da saúde e da predisposição esportiva, o presumível alcance que o projeto reveste, quer para a educação física como disciplina curricular, quer para o próprio sistema esportivo, dado o trânsito natural e desejável dos jovens praticantes desde a escola até o clube esportivo e aos quadros competitivos mais exigentes.
O projeto é claro e explica as LINHAS DE AÇÃO, AS QUESTÕES DE PESQUISA, A BATERIA DE MEDIDAS E TESTES SOMATOMOTORES DO PROESP-BR, APLICAÇÃO DA BATERIA DE MEDIDAS E TESTES DO PROESP-BR, A ORDEM DE MEDIDAS E TESTES (Medida de massa corporal, medida de estatura, medida de envergadura, Teste “sentar e alcançar”, Teste de exercício abdominal, teste de salto em distância, teste de arremesso, teste do quadrado, teste da corrida de 20 metros, teste da barra modificado, teste dos 9 minutos ou do “vai-e-vem” ) INTRUÇÕES PARA APLICAÇÕES DA BATERIA PROESP-BR, QUADRO E TABELAS DE TODOS OS TESTES E RESULTADOS OBTIDOS, FICHAS DE REGISTROS E ENTREVISTAS, QUESTIONÁRIO DE HÁBITO DE VIDA DOS ALUNOS, ANEXO COM MODELO DE AQUECIMENTOS. Enfim é um projeto riquíssimo e pronto para ser aplicado dentro da realidade de qualquer escola do Brasil mesmo com as diferenças regionais e culturais existentes.
Educadores da educação física escolar, não esperem que as soluções estejam sempre prontas, vamos pesquisar inovar, mudar este quadro caótico e mostrar a todos que somos capazes de ter autonomia profissional e conhecimentos suficientes valorizando nossa profissão.
Por William Pereira da Silva
Os professores de educação física da rede pública têm uma enorme dificuldade de aplicar seus conhecimentos dentro da realidade das escolas.
Muitos estão perdidos e não sabem como agir diante das determinações da secretaria de educação, no que se refere às avaliações e metodologias a serem aplicadas. Determinações estas impostas pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação( LDB ) e os Parâmetros Curriculares Nacional (PCN’S).
Geralmente recebemos críticas por mostrar que no passado ( década 70-80 e inicio de 90) a Educação Física escolar funcionava.Relembramos os testes e exames que realizávamos e que todos, alunos e professores de educação física gostavam de executar, duravam de dois a três meses os exames médicos, biométricos, testes aptidão física e de aptidão motora. Toda escola era envolvida, havia uma intervenção nos horários normais de aulas com o envolvimento de todos os alunos e professores da escola. Durante o restante dos bimestres as aulas eram complementadas com recreação, jogos, exercícios físicos de ginástica, calistênia, torneios, campeonatos internos e diversas outras atividades, todos sabiam o que fazer e terminávamos o ano letivo cumprindo nossa carga horária satisfatoriamente. Tudo funcionava normal e naturalmente. A subcoordenadoria de educação Física e desporto tinham um manual com todos os exercícios físicos e instruções dos exames e testes com tabelas e modelos das fichas de todos os alunos para colocar os dados dos testes realizados. Existia um livro com a regulamentação das atividades do Professores de Educação e determinações que regulamentavam o nosso exercício profissional no estado.
Praticamente paralisada a educação física escolar tem solução para os seus problemas com um projeto lançado pelo governo através do Ministério do Esporte e turismo e a UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - Centro UFRGS de Excelência Esportivo – PROJETO ESPORTE BRASIL – PROEP-BR - Indicadores de Saúde e de Desempenho Esportivo em Crianças e Jovens. Ver site www.ufrgs.br/esef/proesp-br.
A seguir veremos a que vem a ser este projeto:
INTRODUÇÃO
A EF configura-se como disciplina escolar cuja especificidade lhe atribui responsabilidades inerentes ao desenvolvimento da cultura corporal. Entende-se por cultura corporal a competência relativa às habilidades e condicionamentos passíveis de educar crianças e jovens para a utilização adequada de seu tempo de lazer através de práticas corporais tais como o esporte, a dança, a ginástica e jogos.
É, da mesma forma, responsabilidade da EF a promoção da saúde através da educação para uma vida fisicamente ativa e esportivamente rica; desenvolver estratégias para que crianças e jovens criem o gosto pelas atividades da cultura corporal; desenvolver conhecimentos sobre as relações das práticas corporais com a saúde; proporcionar hábitos de lazer fisicamente ativos, além de desencadear alternativas para a democratização das práticas da cultura corporal em nosso país.
Desta forma o Projeto Esporte Brasil - PROESP-BR - desencadeado no espaço claramente definido da educação física escolar, tem por objetivo geral delinear o perfil somatomotor, dos hábitos de vida e dos fatores de desempenho motor em crianças e adolescentes na faixa etária entre 7 a 16 anos tendo em vista a possibilidade de constituir indicadores para a constituição de uma política de educação física e esportes para crianças e jovens no Brasil.
A relevância do projeto deve-se, entre outros fatores, pela incipiente presença de dados fidedignos relativos aos segmentos da população escolar brasileira envolvidas com as práticas de educação física e esporte escolar. Esta incipiente informação não tem permitido um adequado diagnóstico das condições das capacidades motoras e de aptidão física relacionada à saúde e ao desempenho esportivo, bem como suas possíveis relações com hábitos de vida.
Em síntese, para além do Projeto Brasil, trabalho pioneiro de Maurício Leal Rocha e sua equipe nos anos 70 e dos relevantes trabalhos de Barbanti (1983); Matsudo e col.(1992); Marques e col (1982); Böhme & Freitas (1989); Kalinowski & Kiss (1996); Guedes e Guedes (1997); Doréa (1990); Arruda (1990), Lopes (1999) entre outros; pela amplitude territorial do país que impõe diferenças culturais importantes, não se dispõe, de forma sistematizada, do conhecimento das características e do estado de crescimento da população escolar brasileira, muito menos do seu valor físico, capacidade motora, seus interesses e motivações relacionadas às práticas da cultura corporal em geral e esportiva em especial.
Nesta perspectiva, o presente projeto propõe colaborar sugerindo instrumental válido, fidedigno, de baixo custo e de muito fácil aplicação, permitindo aos professores de educação física nas inúmeras escolas de nosso Brasil utilizá-lo no sentido de estabelecer o acompanhamento de seus alunos no que se refere aos aspectos de crescimento e desenvolvimento somatomotor, aspectos nutricionais, e de aptidão física.
Por outro lado, tendo em vista a constituição de uma rede de informações e um banco de dados nacional, assessorados pelos Centros de Excelência Esportiva (CENESP) do Ministério do Esporte e do Turismo, será permitida uma fácil, rápida e competente comunicação entre a rede CENESP, as Escolas de Formação de Professores de Educação Física e a população de professores atuantes nas escolas do ensino fundamental em todo o território nacional. Dessa forma, pretende-se delinear um perfil da população escolar brasileira possibilitando a definição de subsídios para a consolidação de políticas adequadas para a área de educação física e esportes em nosso país.
Acresce ainda, na medida em que as avaliações tratam de capacidades de prestação motora no âmbito da saúde e da predisposição esportiva, o presumível alcance que o projeto reveste, quer para a educação física como disciplina curricular, quer para o próprio sistema esportivo, dado o trânsito natural e desejável dos jovens praticantes desde a escola até o clube esportivo e aos quadros competitivos mais exigentes.
O projeto é claro e explica as LINHAS DE AÇÃO, AS QUESTÕES DE PESQUISA, A BATERIA DE MEDIDAS E TESTES SOMATOMOTORES DO PROESP-BR, APLICAÇÃO DA BATERIA DE MEDIDAS E TESTES DO PROESP-BR, A ORDEM DE MEDIDAS E TESTES (Medida de massa corporal, medida de estatura, medida de envergadura, Teste “sentar e alcançar”, Teste de exercício abdominal, teste de salto em distância, teste de arremesso, teste do quadrado, teste da corrida de 20 metros, teste da barra modificado, teste dos 9 minutos ou do “vai-e-vem” ) INTRUÇÕES PARA APLICAÇÕES DA BATERIA PROESP-BR, QUADRO E TABELAS DE TODOS OS TESTES E RESULTADOS OBTIDOS, FICHAS DE REGISTROS E ENTREVISTAS, QUESTIONÁRIO DE HÁBITO DE VIDA DOS ALUNOS, ANEXO COM MODELO DE AQUECIMENTOS. Enfim é um projeto riquíssimo e pronto para ser aplicado dentro da realidade de qualquer escola do Brasil mesmo com as diferenças regionais e culturais existentes.
Educadores da educação física escolar, não esperem que as soluções estejam sempre prontas, vamos pesquisar inovar, mudar este quadro caótico e mostrar a todos que somos capazes de ter autonomia profissional e conhecimentos suficientes valorizando nossa profissão.
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