domingo, agosto 19, 2007

REAGE EDUCAÇÃO

REAGE EDUCAÇÃO
 
Willism Pereira da Silva
 
Pessoalmente sempre acreditei em mudanças, mesmo no passado há uns dez ou quinze anos atrás, achava que um dia as mudanças, mesmo que lentas, aconteceriam no Brasil, e hoje para os mais atentos e ligados na imprensa, noticias e mais noticias não param de divulgar a luta contra a corrupção no país, com punições para os culpados. Prefeitos, juízes, deputados, senadores, partidos, imprensa, várias instituições  investigadas e sendo posta em xeque pelo ministério público e pela própria população.
Na Capital do Estado e na cidade de Mossoró, as câmaras municipais passam a ser alvo de investigações e manifestações de movimentos sociais e do povo em geral. A campanha Reage Mossoró é um bom exemplo disso. Iniciada  no dia 17 deste mês, sexta-feira, nas dependências do SECOM, o movimento anticorrupção teve a presença de vários segmentos da sociedade Mossoroense e a participação do promotor de justiça Eduardo Medeiros que agradeceu a presença da  OAB, SINTE, INSTITUTO AMA, JORNALISTA CARLOS SANTOS, PARTIDOS POLÍTICOS, foram mais de vinte entidades representativas presentes.
Bem perto de nós, na cidade de Areia Branca o Prefeito perdeu seu mandato por compra de votos, O senador Renan Calheiros é alvo de sérias denuncias e investigações, a Policia Federal não para de agir em todo Brasil onde vemos nos noticiários pessoas, empresas e instituições na mira do combate a corrupção.
E as escolas públicas, tanto municipais e estaduais, já estão participando destas mudanças e buscando expulsar do seu meio os corruptos que há anos usurpam do erário publico e que silenciosamente estão à espreita para agir mesmo com todos esses movimentos sociais e a policia federal agindo em todo Brasil? Respondo seguramente que NÃO.
Não conheço nenhum movimento dentro do setor educacional para combater a corrupção inserida no seu contexto.
Seguramente a corrupção existe o meio educacional e como prova são as noticias nos jornais da cidade. Tivemos recentemente  a Escola Estadual Maria Estela que esta no SERASA com uma dívida de dezessete mil reais, e num passado bem recente a Escola Estadual Jerônimo Rosado a diretora (sic), é suspeita de haver desviado mais ou menos  setenta mil reais (R$ 70.000,00), isso mesmo, setenta mil reais. Outras escolas também são alvos de denúncias informais pelos seus funcionários e professores, onde nas escolas, nos corredores são constantes os comentários dos diretores de gestõess anteriores que desviaram dinheiro das escolas. Valores como, trinta mil, quinze mil, vinte mil reais é a constante nos assuntos, fora o desaparecimento de material didático, merenda escolar, livros e o que é possível levar. O pior de tudo isso são a conivência e cumplicidade da maioria dos funcionários públicos que sabem e se omitem de denunciar, criando uma cumplicidade sem fim prejudicando sensivelmente o setor.
Portanto torna-se necessário a ação das pessoas honestas, encarando, sem medos, sem amarras, contra todos que de uma forma ou de outra estão corrompendo na área da educação. Basta ver muitas escolas nos seus aspectos físicos, falta de recursos matérias para perceber que ali existe algo de errado, ou os gestores são incompetentes ou simplesmente são corruptos de carteirinhas.
Os recursos advindos do governo do estado e do governo federal muitas vezes são suficientes para manter a escola em pleno funcionamento, isto não acontece normalmente por que existe um grande esquema de desvio dos recursos que estão assegurados por lei e distribuídos diretamente via banco para as escolas depositadas no CAIXA ESCOLAR. Existem outros programas que enviam dinheiro e recursos sem precisar da intervenção de nenhum outro setor ou político interessado em usar de artimanhas para intervir e dizer que os recursos foram adquiridos em conseqüência do interesse deles. Múltiplas são as formas que os corruptos acham de burlar e intrometer-se para desviar verbas e tirar lucros eleitoreiros dentro das escolas
Após anos de abusos e impunidade, muitas comunidades escolares se tornaram indiferentes e alheias ao processo de funcionamento das escolas como também ao uso dos recursos destinados à educação e todos os funcionários públicos foram tomados de um grande ceticismo em relação à possibilidade de punição de servidores desonestos. Por isso, para que a comunidade escolar se mobilize contra a corrupção, é preciso que as pessoas sejam estimuladas e provocadas. O começo pode ser muito difícil, pois as primeiras reações são de incredulidade. Depois, surgem sentimentos de resignação e medo, e só mais à frente os servidores e comunidade em geral se indignam e reagem à situação.
CORRUPTOS E FRAUDADORES do erário público são pessoas sem qualquer escrúpulo, capazes de qualquer coisa, como forjar e destruir documentos e provas, subornar ou ameaçar testemunhas, intimidar os oponentes, atacar a integridade dos acusadores e até mesmo atear fogo na escola, se julgarem necessário.
Deles pode esperar-se todo tipo de ações de contravenção e bandidagem. Não se deve baixar a guarda e nem recuar, pois é isso o que eles esperam.
Educadores, lutar contra corrupção e ensinar o exercício da cidadania e pressupõe incentivar indivíduos que participem da vida comunitária. Organizados para alcançar o desenvolvimento da comunidade escolar onde vivem, devem exigir comportamento ético dos poderes constituídos e eficiência nos serviços públicos. Um dos direitos mais importantes do cidadão é o de não ser vítima da corrupção.

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