quinta-feira, maio 24, 2007

EDUCAÇÃO FEIJÃO-COM-ARROZ

EDUCAÇÃO FEIJÃO-COM-ARROZ

Por William Pereira da Silva
 
A Educação no Brasil há anos passa por um processo de falta de identidade referente à sua eficiência e qualidade nos seus sistemas de ensino. Criam-se métodos, fórmulas, mudam-se currículos, aumentam números de séries, modificam sistemas de avaliações, ampliam permanência de alunos na escola. A cada Governo, a cada Ministro da Educação aparece às promessas juntamente com os projetos de inovação para as melhorias no setor educacional brasileiro, uns até com mudanças Revolucionárias. Por incrível que pareça a situação só faz piorar, parece uma história sem fim, sem soluções, um eterno laboratório de experiências.
Lendo na Revista Veja, de quatro de abril de 2007, na seção, Ponto de Vista, o economista Cláudio de Moura Castro, no artigo "ENTRE A FINLÂNDIA E O PIAUÍ", faz um excelente comparativo entre a melhor educação do mundo na Finlândia e tendo no Piauí a melhor escola secundária do Brasil. Rememoro a educação recebida pelos estudantes em décadas passadas na qual fui aluno.  Era exatamente esta prática do feijão -com- arroz da educação citada pelo economista uma educação plena, de qualidade, onde tudo funcionava com disciplina e ordem e os alunos aprendiam.
São diversos os fatores que o economista Cláudio de Moura aponta como pontos principais do sucesso dos sistemas de ensino que deram certos no mundo, e diz que são métodos simples, óbvios e robustos.
Vejamos os traços mais comuns das boas escolas e dos bons sistemas nas pesquisas citada no seu artigo:
Ø                 Boas escolas têm clara percepção dos rumos em que navegam, isto é, possuem metas. Além disso, são poucas metas, que não mudam de uma hora para outra e são compartilhadas por todos. E não é só isso. As metas são quantificadas (exemplo: em dois anos, ganhar tantos pontos nos testes).
Ø                 O ambiente é sempre saudável, os fluidos são bons e os professores estão satisfeitos. De fato para os professores, a atmosfera da escola é pelo menos tão importante quanto o salário. Ademais, a sociedade valoriza e prestigia os professores.
Ø                 As autoridades dão as escolas muitas autonomia para operar. Há forte liderança do diretor ("A escola tem a cara do diretor"). Ele manda. É um real gerente, estando livre para se mover. Mas deve atingir as metas estabelecidas, e seu desempenho é avaliado com rigor. Quase não é preciso dizer: NEM SUA INDICAÇÃO É MOEDA DE TROCA NA POLÍTICA NEM É ELEITO PELOS SEUS PARES.
Ø                 Sejam públicas ou privadas, as escolas são administradas como as boas empresas. Há cobrança de resultados e vantagens para quem desempenha bem seu papel. Os melhores mestres são colocados nas turmas mais difíceis. Ao mesmo tempo, malandros e incompetentes ganham puxões de orelha.
Ø                 Provavelmente, os professores nunca ouviram falar nem nos autores nem nas teorias da moda pedagógica. Contudo, conhecem bem os assuntos que ensinam e aprenderam a ensinar. De fato, pedagogia para eles significa saber ensinar cada ponto da matéria.
Ø                 Há muita ênfase em aplicar as teorias em problemas da vida real – em vez de decorar fatos, fórmulas e definições. Os livros são de boa qualidade, detalhados e universalmente usados. Os professores mão precisam "criar" sua aula (embora não esteja proibido), pois existe uma retaguarda de planejamentos e explicitação de tudo o que acontece na aula (os livros e os guias dos professores oferecem bancos de perguntas, de exercícios e de aplicações práticas).
Ø                 Os currículos oficiais são claros e precisos, dizendo exatamente o que é para ser ensinado e aprendido. Segundo um funcionário do Ministério da Finlândia: "Nosso currículo prescreve, nossos professores ensinam e nossos alunos aprendem as mesmas competências e conhecimentos que são avaliados no Pisa (programa Internacional de Avaliação de Alunos)".
Ø                 A sala de aula é convencional. Existem avaliações freqüentes, bastante dever de casa e muito feedback  para o aluno. A jornada de trabalho é longa (pelo menos cinco horas), mas não há necessariamente tempo integral. Os alunos são seriamente cobrados e precisam estudar. A disciplina é "careta" (por exemplo, não se pode conversar durante a aula).
Ø                 A família acompanha a vida escolar do aluno e o vigia de perto, para assegurar que ele fez o dever de casa. Além disso, conversa muito com ele e garante a existência de um ambiente físico e psicológico que favorece o estudo e o aprendizado. Televisão berrando ou sintonizada na novela pode ser a distração da família, mas desvia o aluno do seu maior projeto de vida, que é a educação.
Tudo isso mostrado anteriormente, oitenta por cento vivencie no Colégio Estadual de Mossoró quando aluno do "Ginasial" e do "Científico". Foi neste sistema de ensino que estudei e aprendi grande parte do que sei hoje. Tive um estudo de qualidade onde os professores eram respeitados, o Diretor um verdadeiro comandante e líder da escola. O currículo e os métodos de ensino eram eficazes e não mudavam de uma hora para outra. Por isso acredito nesta educação feijão - com –arroz a qual me servi dela e nela vi muita gente vencer aprendendo a viver na realidade e conquistar sucesso na vida. Sei que existem muitas escolas que ainda aplicam este tipo de educação, estão vivas e atuantes, não sentido a crise criada pelos governos que destruíram a educação no Brasil.
 Exceções existem, está ao nosso lado, mas fazemos por onde não ver e seguir seu valoroso exemplo.  Cito a Educação nas Escolas Militares no seu percurso milenar, não muda sua disciplina e seus métodos educando jovens e cientistas no mundo todo com sucesso absoluto, juntamente com escolas tradicionais católicas, com  uma disciplina severa nunca deixam de cumprir seu papel e não vemos nenhum alunos depois de formados e preparados para a vida reclamar do rigor da disciplina e da pesada carga de estudo impostas por elas.
Sei quem esta acabando com o ensino no Brasil e principalmente as escolas em que nada funciona chegando ao caos. Este exemplo realizado numa escola mostra bem que são essas pessoas.
Certo dia, todos que chegavam à escola, encontrou exposto no mural um cartaz bem grande com letras enormes que tinha uma provocação: - AQUELE QUE QUISER SABER QUEM ESTA ACABANDO E DESTRUINDO NOSSA ESCOLA, VÁ LÁ AO GINÁSIO DE ESPORTE E ENCONTRARÁ A RESPOSTA. CHEGANDO AO GINÁSIO AS PESSOAS ENTRAVAM, DEPOIS SAIAM CABISBAIXO. LÁ DENTRO HAVIA UM CAIXÃO DE DEFUNTO. A PESSOA CURIOSA OLHAVA DENTRO DELE E VIA SEU ROSTO NUM ESPELHO.
Essa é a grande verdade na realidade de muitas escolas do Brasil e de Mossoró. As pessoas que nelas atuam, estão mortas para inovar trazendo de volta com forças moral e ética a grande EDUCAÇÃO FEIJÃO-COM-ARROZ.

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