quinta-feira, julho 17, 2008

A LEI SECA

A LEI SECA

William Pereira da Silva

 

Lei seca me lembra AL CAPONE, Alphonsus Gabriel Capone (Brooklyn, Nova Iorque, 17 de janeiro de 1899Palm Beach, 25 de janeiro de 1947) Foi um gângster Ítalo-americano que liderou um grupo criminoso dedicado ao contrabando e venda de bebidas entre outras atividades ilegais, durante a Lei seca entre as décadas de 20 e 30. Considerado por muitos como um dos maiores gângsteres dos Estados Unidos. Al - como era chamado pelo seu círculo íntimo, tinha o apelido de Scarface ("Cara de Cicatriz"), devido a uma cicatriz que tinha no rosto.

Não sou contra a lei seca instítuida em nosso país, porém há exageros na lei no que se refere ao indice do teor alcoólico que é detectado pelos bafômetros. Costumaz bebedor que sou  há mais de trinta anos, nunca causei sequer um acidente alcoolizado, fui acidentado com pequenas quedas de motocicleta por perda de equilibrio e parado. Meu segredo era somente respeitar o trânsito e os pedestres, nunca pilotei  uma moto ou dirigi um automóvel no intuito de agressividade, sempre pautei pela direção defensiva. Conheço muitos colegas de bebedeiras que agem também desta formas. A tolerância zero as pessoas que bebem e dirigem, fere o direito e a dignidade das pessoas que mesmo ingerindo bebidas alcoolicas sempre respeitou o trânsito e as pessoas. Existem individuos bebados e irresponsaveis, isto é inegável, que são os grandes causadores dos inúmeros acidentes, muitas vezs com vítimas fatais, como também existem bêbados responsáveis que ao perceber o efeito do alcoól dirigem-se para suas residências, justamente para não causar transtornos futuros na continuação da bebedeira e muitas vezes entregam seus carros a suas esposas, filhos ou aos colegas. Ao grupo dos bêbados irreponsáveis o rigor da lei, muita fiscalização e punição para eles, mas para aqueles que mesmo  bebendo respeitam a população, sabem dicernir quanto a quantidade que deve beber, os favores da lei, e que esse favor seja mais tolerâcia aos índices dos bafômetros para não punir pessoas inocentes.

Que mal pode causar um individuo, acompanhado de sua família, vai à praia, toma umas quatros cervejas, ou aquele que toma umas taças de vinho, ou outro que toma três doses de uísque ou outra bebida qualquer em quantidade minima, e retorna para casa? Muito mais mal pode ocasionar ao trânsito quem esta sobre o efeito de outras drogas como maconha, cocaina, LSD, heroína, ópio, craque e tantas outras existente no mercado negro das drogas. Quem vai saber ou fiscalizar este povo drogado? Quantas pessoas que cheiram a cocaína tomam bebidas alcoolicas e vão dirigir? Quantos motoristas tomam "arrebites" para não dormir, bebem e ocasionam acidentes? Fica a pergunta a culpa foi das drogas ou da bebida alcoolizada? Ou das duas associadas?

Faço parte dos que defendem a lei respeitando as pessoas de bem, responsáveis, respeitadores das culturas e costumes de um povo, mas mudar uma realidade ferindo o costumes de muitos, por culpa da insensatez de outros muitos, creio ser totalmente inconstitucional.

O nosso país precisa e muito de seriedade, trato bom com a causa do bem-estar público, portanto para isso não precisa punir os inocentes por causa da incoerência e insentazes daqueles que bêbados ou não vivem a burlar a lei em benefícios próprios.

A lei Seca como está demonstra que estamos a caminho de criar novamente figuras como Al Capone, só que no Brasil será os Als Capones do trânsito.

Viva a lei seca, mas não tão seca!

 



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