O ENSINO RELIGIOSO OU DAS RELIGIÕES

O ENSINO RELIGIOSO OU DAS RELIGIÕES

William Pereira da Silva

Nunca lecionei a disciplina de ensino religioso, porém sempre tive interesse neste assunto Na adolescência quando estudei sobre religião minha curiosidade ficou aguçada, fazendo com que minha reflexão fosse mais aprofundada sobre os assuntos que eram ministrados nas aulas de ensino religioso. Minha percepção nunca combinou com as explicações da professora em relação à Bíblia, sempre houve dúvidas quanto às explanações, vale salientar que nossa educação religiosa sempre foi voltada para a religião católico-cristã e cristão-protestante.
Lara Sayão Lobato de A. Ferraz mestranda em Filosofia da Educação pela Universidade Católica de Petrópolis, licenciada em Filosofia. Professora de Ensino Religioso e Filosofia das redes pública e particular na cidade de Petrópolis/RJ, no seu trabalho Religião se Aprende na Escola, onde neste texto ela procura desenvolver uma reflexão acerca das concepções de ensino religioso presentes no imaginário da escola, apontando para um dever ser desta disciplina, tendo como fundamentação teórica a filosofia do encontro de Martin Buber. Ela indaga; Seria a escola o espaço para um ensino religioso? A educação deve considerar o homem enquanto ser em relação com o transcendente? O que é o ensino religioso escolar? O que ele promove na sociedade? Como é percebido pelos alunos? O que esperam dele a família, a sociedade e a própria escola?
No meu ponto de vista concordo que haja a educação religiosa nas escolas, desde que ela seja tratada dentro de uma fundamentação muita ampla em relação as religiões e não somente a visão cristã ou muçulmana de Deus e suas praticas religiosas.”Esta disciplina não deve ser usada para ensinar boa maneiras, aula de história, catequizar, ser qualquer coisa, campanha beneficente, guerra religiosa, ser um freio”, como relata Lara Sayão.
O Ensino Religioso deve versar sobre todas as religiões e deuses (existem mais de dois mil deuses catalogados) existentes em todas as épocas, culturas e costumes, respeitando a faixa etária do aluno, dar uma compreensão abrangente como surgem os deuses, Deus e as religiões. Pesquisar, refletir, estudar oferecendo uma visão geral do assunto e não se ater somente nas religiões e deuses da cultura ocidental.
Levar o aluno ao conhecimento de somente uma religião não é educação, passa a ser alienação, dominação, pura hipocrisia para quem vê na religião somente adeptos para aumentar seu “rebanho”. Haverá, de uma forma ou de outra, o questionamento por parte do aluno quando ele se deparar com o estudo da Evolução das Especies de Charles Darwin ou o de Oparin com seus principais trabalhos; “Os Fatores Externos nas Interações das Enzimas no Interior de uma Célula Vegetal", "A Origem da Vida na Terra", "Vida, Sua Natureza, Origem e Evolução" "A História da Teoria da Gênese e Evolução da Vida" que contradizem completamente com qualquer ensino religioso existente no mundo.
A origem da vida retratada nas diversas religiões diante dos estudos da ciência passam a ser simples mitos, fábulas, parábolas, invencionices de mentes não conhecedora da real natureza das coisas do mundo e do universo. Ninguém se apercebe, mas na concepção da criação do mundo na versão bíblicas existem absurdos incríveis que ninguém quer questionar, alguns acreditam ainda fielmente que foi exatamente daquela forma que o mundo e o homem surgiu no mundo. Vejamos alguns disparates; Deus fez primeiro o céu e a terra para depois criar o Universo, o céu não era o universo pois ainda não existiam estrelas nem o sol., QUEM ERA A MULHER QUE CAIM ENCONTROU NA REGIÃO DE NOD, AO LESTE DO ORIENTE SE SOMENTE EXISTIAM NO MUNDO ADÃO, EVA E CAIM? Deus quem provocou a ira de Caim que era agricultor e Abel pastor de ovelhas, preferiu a oblação, o sacrifício da ovelha dando privilégio a Abel E assim vai toda a Bíblia nas suas contradições.
Esta na hora de juntar ciência e religião para uma compreensão melhor do mundo e dos fatos que nele ocorrem, os Deuses apresentados até hoje a humanidade não condiz mais com a percepção humana sobre o Universo e o que nele há, Deus não pode ser mais aquele que esta no Céu para julgar, matar e condenar os pecadores e sim uma força criadora não compreensiva a mente humana.