EDUCAÇÃO FÍSICA UMA NOVA FORMA DE TRABALHAR
EDUCAÇÃO FÍSICA UMA NOVA FORMA DE TRABALHAR
William Pereira da Silva
Nós Professores de Educação Física estamos lecionando nossa disciplina, pela primeira vez, no horário normal de aulas, antigamente eram executadas em outros turnos. Algumas escolas estão adotando a sistemática de uma aula no horário normal e outra em outro turno, isso de certa forma trás benefícios para a valorização da disciplina, porém para alguns professores e profissionais da área gera certos incômodos, ocasionado porque, precisamos de mais de uma fonte de renda para ter uma vida financeiramente razoável, seria necessário a compreensão dos empregadores que nos pagassem dignamente criando a dedicação exclusiva, seria quando poderíamos trabalhar satisfeitos. Dentro deste dilema temos alguns profissionais que ainda não estão preparados para assumir essas aulas, precisaríamos algumas vezes dar aquela famosa aula teórica em sala de aula, onde a maioria dos professores de Educação Física não tem essa pratica, e mais, há uma corrente que defende a tese na qual essas aulas não condiz com a filosofia da metodologia da Disciplina Educação Física, ela foi criada justamente para defender e aplicar a concepção de colocar o corpo em movimento, evidentemente aplicar conteúdos teóricos contradiz realmente com a nossa pratica da CULTURA DOS MOVIMENTOS CORPORAIS, nela utilizamos os exercícios físicos, as modalidades esportivas, a dança, as artes marciais, os jogos, a recreação, o lazer, enfim tudo aquilo que coloca o corpo em movimentos e a sala de aula não da as condições necessárias para tudo isso, muitas vezes a própria escola não tem espaços físicos nem materiais adequados. Mais uma vez a Educação Física é colocada em Xeque.
Como professor de Educação Física essa não é a primeira experiência que vivencio nestes parâmetros, na década de noventa lecionei a EDUCAÇÃO FÍSICA APLICADA AO MAGISTÉRIO, cujo objetivo era dar subsídios as normalistas, para entender a EDUCAÇÃO PSICOMOTORA, compreendendo o valor dos movimentos corporais para a educação da criança desde a pré-escola até a fase adulta, neste período as aulas eram teóricas/praticas no turno normal das aulas, foram três anos nesta empreitada, ainda na rede privada tive uma pratica de três meses dando aulas no horário normal, quando tirava os alunos de sala de aula, levava-os para a quadra de esportes exercendo as atividades da Educação Física, a evasão era zero, as aulas muito produtivas, os alunos adoravam, no entanto os pontos negativos alegados pela diretora foram o barulho da movimentação no entra e sai, o tempo perdido entre a saída da sala e a volta dos alunos, motivo o qual ela acabou com essa pratica, da minha parte o ponto negativo era o aumento da jornada de trabalho, mais planejamentos e o salário Ô, aquela coisinha irrisória, desestimulava qualquer profissional da área.
Do ponto de vista da aprendizagem do aluno e a valorização da Educação Física essa medotologia torna-se extremamente positiva e eficaz, mas por que tanta rejeição tanto do aluno quanto do profissional? Vejamos:
- Os alunos não têm em sua totalidade a cultura dos movimentos corporais, a maioria deles gosta mesmo é do esporte, da modalidade esportiva, da dança, das artes marciais, da recreação, dos jogos, a educação física dos exercícios físicos aplicada nas escolas não atrai mais nenhum deles, essa pratica simplesmente faliu, quanto a teoria em sala de aula eles não aceitam por querer justamente sair de sala de aula e ter atividades mais dinâmicas, mais atrativas, a sala de aula para a maioria dos estudantes é um martírio.
- Os Profissionais e Professores da Educação Física até que entendem e valorizam essa pratica porem vem à questão do TEMPO/SALÁRIO, neste sistema ficamos mais aprisionados nas escolas perdendo a oportunidade de exercer mais empregos e melhorar nossa renda ocasionando um grande prejuízo para a classe, caso adotassem a dedicação exclusiva e melhorassem nossos salários a coisa seria bem mais diferente. Ouro ponto são os conteúdos a serem aplicados. Não houve sequer uma preparação com cursos de atualizações, aperfeiçoamento, especialização ou qualquer outra atividade preparando os educadores desta área, nas outras disciplinas esses professores tem uma literatura abundante para qualquer série em que esteja lecionandos, as editoras oferecerem centenas de oportunidades de livros para cada professor da pré-escola ao ensino médio, e nós professores de Educação Física o que temos? Não existe sequer uma cartilha de orientação ou um programa elaborado de forma sistemática para as séries seqüenciais existente nos sistemas de ensino das escolas, somente algumas apostilhas elaboradas por alguma secretaria de educação que muitas vezes não condizem com a realidade existente nas escolas em que ensinamos. Creio que quem deve elaborar e executar as aulas de educação física é o professor, o educador, o profissional da Educação Física juntamente com a Direção da escola e o corpo administrativo respeitando a realidade e peculiaridade, aí sim estaríamos respeitando a lei LDB, os alunos, a escola e todos os envolvidos neste processo da Educação Física Escolar.
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1 Comentários:
Tenho profundo interesse nesse tema, pois venho produzindo alguns textos de Educação Física desde 1991. Apesar da resistência de alguns professores e alunos tenho aplicado esses textos com temas diversos e obtido bons resultados com as turmas de Ensino Fundamental II. Parabéns pelo texto. Acho que já está na hora dos profissionais de Educação Física acordarem para essa realidade!!!
Um abraço a todos
AURÉLIO
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