sexta-feira, abril 04, 2008

I.M.C. E OBESIDADE

I.M.C. E OBESIDADE
William Pereira da Silva
 
O Índice de Massa Corporal (I.M.C.), é uma fórmula que indica se um adulto está acima do peso, se está obeso ou abaixo do peso ideal considerado saudável. A fórmula para calcular o Índice de Massa Corporal é: IMC = peso / (altura)2, é um método fácil no qual qualquer um pode obter informação ou uma indicação com bom grau de acuidade, se está abaixo do peso, no peso ideal, acima do peso ou obeso. Segundo a Organização Mundial de Saúde (O.M.S)., o índice normal é entre 18.5 e 25. Então, para sua altura o peso ideal é entre Kg mín / Kg máx. Antes de tudo, é preciso salientar que o Índice de Massa Corporal é apenar um indicador, e não determina de forma inequívoca se uma pessoa está acima do peso ou obesa.  A Organização Mundial de Saúde usa um critério simples: em relação ao IMC em adultos podemos classificar abaixo do peso quem tem o índice abaixo de 18,5, no peso normal entre  18,5 e 25, acima do peso entre 25 e 30 e obeso acima de 30 de acordo com a tabela da O.M.C
A vantagem do sistema da Organização Mundial de Saúde é que ele é simples, com números redondos e fáceis de utilizar. Há alguns problemas em usar o IMC para determinar se uma pessoa está acima do peso. Por exemplo, pessoas musculosas podem tem um Índice de Massa Corporal alto e não serem gordas. O IMC também não é aplicável para crianças. Outro problema é a influência, ainda não suficientemente estudada, que as diferenças raciais e étnicas têm sobre o Índice de Massa Corporal. Por exemplo, um grupo de assessoramento à Organização Mundial de Saúde concluiu que pessoas de origem asiática poderiam ser consideradas acima do peso com um IMC de apenas 23.
 A Obesidade é a deposição excessiva de gordura no organismo, levando a um peso corporal que ultrapassa em 15%, ou mais, o peso ótimo.  Os nutricionistas  Cecília L. de Oliveira e Mauro Fisberg relatam que; "vários fatores são importantes na gênese da obesidade, como os genéticos, os fisiológicos e os metabólicos; no entanto, os que poderiam explicar este crescente aumento do número de indivíduos obesos parecem estar mais relacionados às mudanças no estilo de vida e aos hábitos alimentares. O aumento no consumo de alimentos ricos em açúcares simples e gordura, com alta densidade energética, e a diminuição da prática de exercícios físicos, são os principais fatores relacionados ao meio ambiente.Os estudos verificaram que a obesidade infantil foi inversamente relacionada com a prática da atividade física sistemática, com a presença de TV, computador e videogame nas residências, além do baixo consumo de verduras, confirmando a influência do meio ambiente sobre o desenvolvimento do excesso de peso em nosso meio. Outro achado importante foi o fato da criança estudar em escola privada e ser unigênita, como os principais fatores preditivos na determinação do ganho excessivo de peso, demonstrando a influência do fator sócio-econômico e do micro-ambiente familiar. O acesso mais fácil aos alimentos ricos em gorduras e açúcares simples, assim como, aos avanços tecnológicos, como computadores e videogames, poderia explicar de certa forma a maior prevalência da obesidade encontrada nas escolas particulares.Contudo, esses dados não estão de acordo com os encontrados em países desenvolvidos, onde existe uma relação inversa entre o nível de educação ou sócio-econômico e a obesidade.
Muitos outros aspectos podem influenciar na obesidade como os alimentos servidos em restaurantes, bares e supermercados, a variedade e o aumento nas porções dos alimentos sofreram um aumento significativo nos últimos anos, por exemplo, o tamanho da batata-frita oferecida aos consumidores em meados dos anos 50 representava 1/3 do maior tamanho oferecido em 2001, acontecendo também com a carne, chocolates e massas em geral.
A importância de apresentar medidas de intervenção na prevenção de distúrbios nutricional em indivíduos propensos a Obesidade merece destaque de todos os setores da sociedade, inclusive na educação, na indústria alimentícia e nos meios de comunicação massificando a  necessidade de uma ampla campanha de esclarecimento e conscientização na forma como devemos nos alimentar e praticar atividades físicas.
" Medidas de caráter educativo e informativo, através do currículo escolar e dos meios de comunicação de massa, assim como, o controle da propaganda de alimentos não saudáveis, dirigidos principalmente ao público em geral e, a inclusão de um percentual mínimo de alimentos in natura no programa nacional de alimentação escolar e redução de açúcares simples são ações que devem ser praticadas. Sobre a indústria alimentícia, devemos procurar o apoio à produção e comercialização de alimentos saudáveis", exaltam os nutricionistas Cecília L. de Oliveira e Mauro Fisberg.
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