quinta-feira, abril 17, 2008

I.M.C e obesidade

I.M.C e obesidade

William Pereira da Silva
Professor
O Índice de Massa Corporal (I.M.C.) é uma fórmula que indica se um adulto está acima do peso, se está obeso ou abaixo do peso ideal considerado saudável. A fórmula para calcular o Índice de Massa Corporal é: IMC = peso / (altura)2, é um método fácil com o qual qualquer um pode obter informação ou uma indicação com bom grau de acuidade, se está abaixo do peso, no peso ideal, acima do peso ou obeso. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o índice normal é entre 18.5 e 25. Então, para sua altura o peso ideal é entre Kg mín / Kg máx. Antes de tudo, é preciso salientar que o Índice de Massa Corporal é apenar um indicador, e não determina de forma inequívoca se uma pessoa está acima do peso ou obesa. A Organização Mundial de Saúde usa um critério simples: em relação ao IMC em adultos podemos classificar abaixo do peso quem tem o índice abaixo de 18,5, no peso normal entre 18,5 e 25, acima do peso entre 25 e 30 e obeso acima de 30 de acordo com a tabela da OMC
A vantagem do sistema da Organização Mundial de Saúde é que ele é simples, com números redondos e fáceis de utilizar. Há alguns problemas em usar o IMC para determinar se uma pessoa está acima do peso. Por exemplo, pessoas musculosas podem tem um Índice de Massa Corporal alto e não serem gordas. O IMC também não é aplicável para crianças. Outro problema é a influência, ainda não suficientemente estudada, que as diferenças raciais e étnicas têm sobre o Índice de Massa Corporal. Por exemplo, um grupo de assessoramento à Organização Mundial de Saúde concluiu que pessoas de origem asiática poderiam ser consideradas acima do peso com um IMC de apenas 23.
A Obesidade é a deposição excessiva de gordura no organismo, levando a um peso corporal que ultrapassa em 15%, ou mais, o peso ótimo. Os nutricionistas Cecília L. de Oliveira e Mauro Fisberg relatam que "vários fatores são importantes na gênese da obesidade, como os genéticos, os fisiológicos e os metabólicos; no entanto, os que poderiam explicar este crescente aumento do número de indivíduos obesos parecem estar mais relacionados às mudanças no estilo de vida e aos hábitos alimentares. O aumento no consumo de alimentos ricos em açúcares simples e gordura, com alta densidade energética, e a diminuição da prática de exercícios físicos, são os principais fatores relacionados ao meio ambiente.Os estudos verificaram que a obesidade infantil foi inversamente relacionada com a prática da atividade física sistemática, com a presença de TV, computador e videogame nas residências, além do baixo consumo de verduras, confirmando a influência do meio ambiente sobre o desenvolvimento do excesso de peso em nosso meio. Outro achado importante foi o fato da criança estudar em escola privada e ser unigênita, como os principais fatores preditivos na determinação do ganho excessivo de peso, demonstrando a influência do fator sócio-econômico e do micro-ambiente familiar. O acesso mais fácil aos alimentos ricos em gorduras e açúcares simples, assim como, aos avanços tecnológicos, como computadores e videogames, poderia explicar de certa forma a maior prevalência da obesidade encontrada nas escolas particulares.Contudo, esses dados não estão de acordo com os encontrados em países desenvolvidos, onde existe uma relação inversa entre o nível de educação ou sócio-econômico e a obesidade.
Muitos outros aspectos podem influenciar na obesidade, como os alimentos servidos em restaurantes, bares e supermercados, a variedade e o aumento nas porções dos alimentos sofreram um aumento significativo nos últimos anos, por exemplo, o tamanho da batata-frita oferecida aos consumidores em meados dos anos 50 representava 1/3 do maior tamanho oferecido em 2001, acontecendo também com a carne, chocolates e massas em geral.
A importância de apresentar medidas de intervenção na prevenção de distúrbios nutricionais em indivíduos propensos a obesidade merece destaque de todos os setores da sociedade, inclusive na educação, na indústria alimentícia e nos meios de comunicação, massificando a necessidade de uma ampla campanha de esclarecimento e conscientização na forma como devemos nos alimentar e praticar atividades físicas.
"Medidas de caráter educativo e informativo, através do currículo escolar e dos meios de comunicação de massa, assim como, o controle da propaganda de alimentos não saudáveis, dirigidos principalmente ao público em geral e, a inclusão de um percentual mínimo de alimentos in natura no programa nacional de alimentação escolar e redução de açúcares simples são ações que devem ser praticadas. Sobre a indústria alimentícia, devemos procurar o apoio à produção e comercialização de alimentos saudáveis", exaltam os nutricionistas Cecília L. de Oliveira e Mauro Fisberg.



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