domingo, junho 01, 2008

AUTOCRÁTICOS

AUTOCRÁTICOS
William Pereira da Silva
Quem procura, acha. Achei o adjetivo correto par entender o porquê das pessoas agirem de forma tão submissas ou desinteressadas em relação às mudanças em qualquer ambiente social, institucional ou familiar. Encontrei na Coluna Dèjá Vu, no Jornal Gazeta do Oeste, Domingo, 25 de maio de 2008, caderno Mossoró, página cinco, escrito pelo Psiquiatra, Empresário, Reitor, Sr. Milton Marques de Medeiros, ao qual tenho uma admiração e respeito por apresentar nesta coluna assuntos diversos de grande valia para aqueles que a lêem, sendo eu um leitor assíduo dela.
O adjetivo que me refiro é AUTOCRÁTICOS que vem de autocracia. Autocracia literalmente significa a partir dos radicais gregos autos (por si próprio), cratos (governo), governo por si próprio.O sentido do termo tem uma denotação histórico concreto e política que convergem em muitos pontos.
Historicamente se refere ao Império Bizantino em que o imperador se denominava autocrator, o que significava para ele que seu poder era supremo, absoluto, ilimitado, irresponsável com relação a qualquer instituição terrestre e dado somente por Deus. Era um governo total sobre a sociedade porque controlava o domínio temporal e espiritual. A história do termo se prolongou após o fim do Império Bizantino com a adoção pela Rússia da ideologia imperial de Bizâncio. Além de adotar o título de czar, equivalente russo do César latino, adotou também a denominação e substancia da autocracia.
Politicamente, autocracia é um termo que denota um tipo particular de governo absolutista, tendo um sentido restrito e outro mais amplo. O restrito e mais exato reporta-se ao grau máximo de absolutismo na personalização do poder. O sentido amplo é de um governo absoluto com poder ilimitado sobre os súbditos, que apresenta uma grande autonomia em relação a qualquer instituição e aos governados. O chefe de estado absoluto é autocrata, portanto, sempre que não há força social capaz de limitar explícita e implicitamente os seus poderes políticos. Logo nem todos os monarcas absolutos são autocratas, na Europa Ocidental nem mesmo o rei Luís XIV da França o foi; pode ademais existir autocratas que não são monarcas como Stalin e Hitler.
O Dr. Milton Marques relata que nós brasileiros somos em sua maioria autocraticos, pessoas que esperam que os outros façam, sempre esperam pelo poder de um superior, de um chefe para poder realizar algo, temos aqueles sentimentos de levar vantagem em tudo, transferir responsabilidades ao outrem, a lei do empurra, quem resolve é o outro eu não, o famoso principio do menor esforço.
Quando lia a coluna vinha na minha mente meus colegas de profissão, parecia que eu estava vendo eles através do texto. Certa vez disse a um amigo meu, Jean Carlos,  professor de história, que eu achava a classe dos professores muito submissa a todos, a direção da escola, ao sindicato, ao governo, todo mundo deixa as coisas importantes em relação a nossoa profissão pra lá, ninguém assume responsabilidade em defender a nossa causa, jogam tudo nas mãos dos outros, esperam soluções vinda daqueles que justamente nunca resolverão nada por nós, são eles os causadores da nossa miserabilidade social, financeira e profissional, é como esperar que o carrasco que nos degola coloque flores no nosso túmulo. Angustiado nunca entendia isso direito. Agora sei o porquê, graças a coluna Déjá Vú, eles são autocráticos, lamentavelmente autocráticos. Convido estes amigos a rever suas posições, leiam sobre Anarquismo, Marxismo, Cristianismo e tantos "ismos" que mudaram nossa história, revolucionaram o mundo e a forma de pensar e viver das pessoas.
Antes de concluir  transcrevo alguns trechos da coluna que nos transmite alguma esperança:
"O que alegra um pouco é a sensação de que algo está melhorando. Mas ainda precisa muito ser avançado. De qualquer maneira já há muita gente comprometida, admitindo que a sociedade da qual ela faz parte só será grande e soberana se todos que a compõe participarem ativamente, cada um cumprindo com seus deveres e obrigações".
Há em um movimento religioso católico chamado Cursilho de Cristandade, um brocado escrito no livro de Peregrino, espécie de guia daquele ideal que diz; " os maus não são bons, porque os bons não são os melhores". Isso mesmo! Diz o Dr. Milton  Marques de Medeiros encerrando sua coluna que indico como leitura obrigatoria para todos os educadores deste país.

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