sábado, junho 26, 2010

ATIVIDADES FÍSICAS ATUAM EM NÍVEL MOLECULAR


William Pereira da Silva
Estudos recentes afirmam que as atividades físicas são muito mais importantes do que se imaginava para o funcionamento do nosso organismo, segundo Raquel Costa em seu artigo publicado no Portal educação Física, Notícias, 21/06/2010, caderno Fisiologia, relata que a ciência descobriu que a atividade física atua em nível molecular, interfere na produção de mais de 20 substâncias importantes para o metabolismo e protege o DNA.
Dentre as estruturas estudadas  temos os Telômeros, metabólitos e íons cálcio que foram mapeados seus efeitos moleculares nos exercícios físicos. Os Telômeros são estruturas de DNA que formam as extremidades dos cromossomos, a redução do telômero é um indicativo de envelhecimento da célula, a ação da atividade física  inibem a ação do envelhecimento destas células. Os Metabólitos são substâncias produzidas pelo organismo durante o metabolismo dos alimentos ingeridos e pelos exercícios físicos vinte metabólitos tem sua síntese modificada. A intensidade na transformação dessas substancia, incluindo o consumo de gordura, é maior em quem é mais atlético. ÍON CÁLCIO - O cálcio é o quinto elemento mais abundante no organismo, os íons de cálcio da célula cardíaca estão abrigados dentro das células do músculo. Por meio da sua movimentação, determinam a contração do coração e ao se exercitar fisicamente proporcionam uma melhor circulação intracelular dos íons. Isso garante mais eficiência na contração das células do músculo cardíaco. Já a Mitrocôndia  é responsável pela respiração celular, processo que transforma os elementos químicos presente no organismo em energia, que é armazenada sob a forma de ATP (trifosfato de adenosina), quando realizamos exercícios aeróbico eles agem sobre a mitrocôndia melhorando a síntese da ATP, usado pelo organismo sempre que um músculo é posto em ação. Quanto mais eficiente for esse processo, melhor é o rendimento físico.
As pesquisas foram realizadas por pesquisadores do Massachusetts General Hospital (EUA) e um dos autores da pesquisa foi  o médico Robert Gerszten que afirmou:  "A partir dos resultados, podemos ajudar na melhoria do desempenho e na redução de riscos de diabetes por meio de intervenções, pelos exercícios, sobre o metabolismo do paciente"
No Brasil a Universidade de São Paulo, a pesquisadora Patrícia Brum investiga como a prática esportiva ajuda no tratamento da insuficiência cardíaca (incapacidade de o coração bombear sangue para o corpo). "Acreditava-se que o paciente não podia ter um gasto energético maior, já que seu coração bombeava mal", lembra Patrícia. "Por isso os exercícios eram proscritos." O mito caiu depois que se descobriu o papel dos íons cálcio na célula cardíaca e o modo como se alteram mediante a atividade física. "Esses íons são um dos responsáveis pela contração da célula cardíaca e, quando estimulados por exercícios, trabalham melhor", diz.