sexta-feira, junho 20, 2008

Síndrome de burnout atinge 15% dos professores.

 

Síndrome de burnout atinge 15% dos professores.

 

William Pereira da Silva

 

Navegando na internet no site Saúde em Movimento (http://www.saudeemmovimento.com.br/reportagem/noticia_frame.asp?cod_noticia=2663) encontrei esta pesquisa realizada pela psicóloga Nádia Maria Bezerra e repasso na íntegra todo o conteúdo para conhecimento da classe dos professores, que tomando ciência da Síndrome de Burnout procure sua cura. A primeira vez que ouvi falar deste mal foi no Jornal Extra-Classe do Sinte-Rn. Através de observações simples pude observar que esta Síndrome realmente esta acontecendo, e pior, os professores não querem entender a doença crendo ser mais uma invenção criada por algum estudioso. Portanto vamos ler o artigo para termos um diagnóstico mais preciso da doença.

 "Uma pesquisa feita com mais de 8 mil professores da educação básica da rede pública na região Centro-Oeste do Brasil revelou que 15,7% dos entrevistados apresentam a síndrome de burnout, que reflete intenso sofrimento causado por estresse laboral crônico. A enfermidade acomete principalmente profissionais idealistas e com altas expectativas em relação aos resultados do seu trabalho. Na impossibilidade de alcançá-los, acabam decepcionados consigo mesmos e com a carreira.

O estudo confirma a vulnerabilidade do docente à síndrome, pois o excesso de exigências auto-impostas, associadas a condições precárias de trabalho, bem como à falta de retribuição afetiva, expõem o profissional a um desgaste permanente. Assim, a tensão gerada entre o desejo de realizar um trabalho idealizado e a impossibilidade de concretizá-lo acaba por levar o profissional a um estado de desistência simbólica do ofício.

Essa condição, mostrada em pesquisas anteriores, é confirmada por um estudo realizado pela psicóloga Nádia Maria Bezerra Leite. Ela analisou 8.744 questionários, respondidos por professores de ensino fundamental e médio, como parte do seu mestrado no Instituto de psicologia (IP) da Universidade de Brasília (UnB), sob orientação do professor Wanderley Codo.

Nádia é cautelosa quanto à generalização dos resultados, mas considera os dados preocupantes. "Obter 15,7% num universo de 8 mil não é desprezível", afirma. Caso o índice seja o mesmo em todo o País, por exemplo, então mais de 300 mil professores brasileiros convivem com a síndrome, isso somente no ensino básico. Entre outras conseqüências, tal cenário levaria a um sério comprometimento na educação de milhões de alunos.

Os dados vieram à tona com informações obtidas por um questionário que permite identificar a incidência dos três sintomas que caracterizam a síndrome: exaustão emocional, baixa realização profissional e despersonalização. Com relação ao primeiro sintoma, 29,8% dos professores pesquisados apresentaram exaustão emocional em nível considerado crítico. Quanto à baixa realização profissional, a incidência foi de 31,2%, enquanto 14% evidenciaram altos níveis de despersonalização.

Suscetibilidade

A síndrome de burnout pode afetar qualquer profissional. Porém, é mais comum em pessoas que desenvolvem atividades de constante contato humano, principalmente aquelas que favorecem o envolvimento emocional. Nesse grupo estão, por exemplo, médicos, enfermeiros e professores, profissões que lidam com ideais ambiciosos e situações que nem sempre podem ser resolvidas por eles próprios, seja manter alguém vivo ou promover transformações sociais.

Os problemas surgem à medida que esses objetivos não se concretizam. "É como aquela professora que pensa em contribuir para mudar a vida dos estudantes, muitas vezes reproduzindo a dedicação que teria com os próprios filhos, mas não se sente retribuída", explica Nádia. Também se enquadra nesse perfil o professor que espera dos alunos um ótimo aprendizado do conteúdo por ele transmitido em sala de aula. Esforça-se para isso e o eventual desinteresse ou baixo rendimento dos alunos é percebido por ele como um fracasso pessoal. "Então, vem o desânimo e o cansaço", diz a pesquisadora.

Sintomas

De acordo com Nádia, o primeiro sinal de instalação da síndrome é a exaustão emocional. Afetivamente, significa que o docente não consegue mais se doar. "Ele percebe o esgotamento da energia e dos recursos emocionais." Quando não consegue lidar com essa sensação, desenvolve mecanismos reativos. Como alternativa ao sofrimento, acaba por se distanciar emocionalmente, tanto do seu trabalho quanto do próprio aluno. O distanciamento do trabalho, ou baixa realização profissional, caracteriza-se pela falta de envolvimento pessoal e pela indiferença aos assuntos da sua profissão, além de uma assumida sensação de ineficácia contra a qual não tem ânimo para lutar. O distanciamento do aluno, ou despersonalização, aparece na forma de endurecimento afetivo e falta de empatia.

Para a pesquisadora, a despersonalização é a face mais perversa do burnout, pois afeta justamente aquele que deveria ser objeto de atenção e cuidado. Nádia exemplifica a situação citando docentes que se referem às turmas como "aqueles pestinhas", ou que, na hora do cafezinho, tudo o que conseguem fazer é reclamar dos alunos. Qualquer referência aos estudantes será sempre negativa.

Consequências

De acordo com a psicóloga, estudos vêm mostrando que professores com o problema tendem a adoecer mais, faltar ao trabalho e se tornar menos criativos. Em sala de aula, há grandes chances de piorar a relação professor-aluno. Uma relação de hostilidade entre os dois lados acabará comprometendo a aprendizagem.

Segundo Nádia, a presença do burnout em professores da educação básica levanta preocupações. "Esse período escolar acompanha uma fase essencial da formação do indivíduo. É quando a relação aluno-professor é mais necessária para a aprendizagem e o desenvolvimento integral do educando", afirma. Já os estudantes universitários são mais independentes da figura do docente.

Apoio

O estudo analisou formas de minimizar a síndrome e descobriu ser fundamental o companheirismo e a cooperação no ambiente de trabalho. Os professores que disseram ter apoio dos demais docentes apresentaram os menores níveis de exaustão emocional, despersonalização e de baixa realização profissional. A freqüência de exaustão entre indivíduos sem suporte é quase o dobro da verificada em professores que percebem estar apoiados pelos seus pares. Quanto à despersonalização e à realização profissional reduzida, os dados seguem a mesma tendência: a incidência desses sintomas é três vezes maior entre os docentes que não se sentem apoiados pelos colegas.

Soluções

Segundo Nádia, os resultados do estudo serão úteis em estratégias de enfrentamento da síndrome. Ela considera que medidas simples podem contribuir para minimizar o sofrimento. "O mérito desse trabalho é ter mostrado, de forma científica, que é muito mais difícil enfrentar de forma solitária os estressores que levam a burnout", diz a psicóloga. "Encontramos evidências de que o suporte social no trabalho, que favoreça a construção coletiva de estratégias de enfrentamento dos problemas típicos da profissão, é uma maneira efetiva de reduzir as estatísticas da síndrome."

Nádia afirma, ainda, que esse recurso tem o mérito de ser acessível aos professores, pois depende da vontade do grupo. Atividades que estimulem a aproximação entre professores podem contribuir para evitar a tendência a expectativas profissionais inalcançáveis, substituindo-as por metas realistas e discutidas coletivamente. Mesmo a ausência de condições de trabalho adequadas pode ser minimizada pela busca em grupo de soluções criativas, deixando de ser apenas uma queixa isolada. "É muito importante a sensação de ser acolhido por pessoas que enfrentam os mesmos problemas, seja na busca por mudanças ou para conviver com o que é impossível mudar", diz.

Família potencializa síndrome

O eterno conflito entre trabalho e família é o principal elemento para desencadear a síndrome, revela a pesquisa. Isso acontece quando o professor se dedica mais do que poderia para a escola, reduzindo o tempo destinado à esposa (ou marido) e filhos, ou vice-versa. Do total de entrevistados com exaustão emocional alta, 74% indicaram vivenciar problemas para conciliar o tempo e a atenção que dedicam a essas duas instâncias tão importantes da sua vida.

Nádia destaca que esse resultado é uma indicação de quanto o trabalho docente tende a invadir o tempo que deveria ser dedicado ao lazer e aos cuidados com a família. Da maneira como o trabalho está estruturado na maioria das instituições, não há tempo, dentro da carga horária prevista, para que sejam realizadas atividades como preparar aulas, pesquisar materiais, bem como corrigir provas e trabalhos, tarefas que são levadas pra casa. Quando não consegue equacionar o problema, o professor passa a ser submetido a uma pressão em seu ambiente doméstico. Assim, já fragilizado pelos problemas que enfrenta no trabalho, fica mais exposto aos efeitos que levam a burnout."
 
Fonte: Agência UnB

 

 

 

 

 



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domingo, junho 15, 2008

“ATENA HÍGIA”

"ATENA HÍGIA"

 

William Pereira da Silva

 

Atena é a deusa grega da sabedoria, do ofício, da inteligência e da guerra justa. Há também quem grafe o seu nome como Palas Atená. Freqüentemente é associada a um escudo de guerra, à coruja da sabedoria ou à oliveira.  Atena se tornou a deusa mais poderosa, ensinou aos homens praticamente todas atividades, como caça, pesca, uso de arco-e-flecha, costurar (algo que ela fazia como ninguém),dançar, e, como havia saído da mente de Zeus, sua marca é a inteligência.

Considero Atena a Deusa da Educação, pois, segundo a Mitologia Grega  ser ela a deusa da sabedoria e da inteligência, virtudes  trabalhadas na Educação do ser humano.

Existe também a deusa Higia, filha de Esculápio, era a deusa da saúde, limpeza e exercia uma importante parte no culto do pai Enquanto seu pai era mais associado diretamente com a cura, ela era associada com a prevenção da doença e a continuação da boa saúde. Atena também foi chamada de "Atena Hígia".

Essas duas Deusas  tiveram uma grande importância para a civilização da antiga Grécia que tanto valorizavam a educação como também a saúde de seu povo. Na nossa contemporaneidade o que existem são os Diabos da Educaçãoe da  Saúde infernizando a a vida da população com todo tipo de desvio do dinheiro público, prejudicando sensivelmente esses dois setores tão cruciais para uma vida melhor de todos norteriograndenses.

Tenho sonhado há anos com uma "OPERAÇÃO ATENA" na Secretária de Educação, no que se refere aos recursos aplicados nos últimos dez anos na educação do Rio Grande do Norte. Não só na Secretaria de Educação, mas também nas Dired's e em muitas escolas que há anos são utilizadas para desvio de dinheiro públicos, principalmente na cidade de Mossoró e interior do Estado.

É público e notório o caos e as sucessivas crises que vivem as escolas públcas do nosso Estado e não existe uma explicação mais palpavel que a da composição de verdadeiras quadrilhas no interior delas desviando os recursos destinados ao bom funcionamento da escola. Prova disso foi a operação Hígia da Policia Federal no RN donde a documentação retirada para iniciar as investigações começaram na Secretaria de Educação, confirmando a ligação existente entre esses grupos.

Publicado em jornais do Estado existem insinuações que algum politico contra o sistema da Governadora do Estado, teria retirado documentação da Secretaria de Educação e entregado a Policia federal, como uma vingança po rnão ter atendido seu pleito para as eleições vindoura.

Atena se tornou a deusa mais poderosa, , e nós deveriamos recorrer a esta  Deusa para juntos lutar com força e determinação contra as mazelas que assolam nossa educação.

Plutarco reconta:

"Um estranho acidente aconteceu no curso da construção [do Partenon], que mostrou que a deusa não era aversa ao trabalho, mas era cuidada e cooperava em trazê-lo a perfeição. Um dos artífices, o mais rápido e o trabalhador mais habilidoso entre todos, com um pedaço do seu pé caiu de uma grande altura, e disposta em uma condição miserável, os médicos não tinham esperanças de sua cura. Quando Péricles estava em dor sobre isto, a deusa [Atena] apareceu para ele a noite em um sonho , e ordenou um curso de tratamento, no qual ele aplicou, em um curto período de tempo e com grande facilidade curou o homem. E sobre esta ocasião era que ele criou uma estátua de latão de Atena Higia, na cidadela perto do altar, no qual eles mencionaram que estavam lá anteriormente. Mas foi Fídias que fez a imagem da deusa em ouro, e tem seu nome inscrito no pedestal como trabalhador dela".

Quem em sonho Atena Hígia nos mostre o caminho a seguir para criarmos forças e lutar contra os Diabos que comandam a educação no Rio Grande do  Norte e dar a cura para fazer uma limpeza no setor educacional curando nossos males.

 

 



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domingo, junho 01, 2008

AUTOCRÁTICOS

AUTOCRÁTICOS
William Pereira da Silva
Quem procura, acha. Achei o adjetivo correto par entender o porquê das pessoas agirem de forma tão submissas ou desinteressadas em relação às mudanças em qualquer ambiente social, institucional ou familiar. Encontrei na Coluna Dèjá Vu, no Jornal Gazeta do Oeste, Domingo, 25 de maio de 2008, caderno Mossoró, página cinco, escrito pelo Psiquiatra, Empresário, Reitor, Sr. Milton Marques de Medeiros, ao qual tenho uma admiração e respeito por apresentar nesta coluna assuntos diversos de grande valia para aqueles que a lêem, sendo eu um leitor assíduo dela.
O adjetivo que me refiro é AUTOCRÁTICOS que vem de autocracia. Autocracia literalmente significa a partir dos radicais gregos autos (por si próprio), cratos (governo), governo por si próprio.O sentido do termo tem uma denotação histórico concreto e política que convergem em muitos pontos.
Historicamente se refere ao Império Bizantino em que o imperador se denominava autocrator, o que significava para ele que seu poder era supremo, absoluto, ilimitado, irresponsável com relação a qualquer instituição terrestre e dado somente por Deus. Era um governo total sobre a sociedade porque controlava o domínio temporal e espiritual. A história do termo se prolongou após o fim do Império Bizantino com a adoção pela Rússia da ideologia imperial de Bizâncio. Além de adotar o título de czar, equivalente russo do César latino, adotou também a denominação e substancia da autocracia.
Politicamente, autocracia é um termo que denota um tipo particular de governo absolutista, tendo um sentido restrito e outro mais amplo. O restrito e mais exato reporta-se ao grau máximo de absolutismo na personalização do poder. O sentido amplo é de um governo absoluto com poder ilimitado sobre os súbditos, que apresenta uma grande autonomia em relação a qualquer instituição e aos governados. O chefe de estado absoluto é autocrata, portanto, sempre que não há força social capaz de limitar explícita e implicitamente os seus poderes políticos. Logo nem todos os monarcas absolutos são autocratas, na Europa Ocidental nem mesmo o rei Luís XIV da França o foi; pode ademais existir autocratas que não são monarcas como Stalin e Hitler.
O Dr. Milton Marques relata que nós brasileiros somos em sua maioria autocraticos, pessoas que esperam que os outros façam, sempre esperam pelo poder de um superior, de um chefe para poder realizar algo, temos aqueles sentimentos de levar vantagem em tudo, transferir responsabilidades ao outrem, a lei do empurra, quem resolve é o outro eu não, o famoso principio do menor esforço.
Quando lia a coluna vinha na minha mente meus colegas de profissão, parecia que eu estava vendo eles através do texto. Certa vez disse a um amigo meu, Jean Carlos,  professor de história, que eu achava a classe dos professores muito submissa a todos, a direção da escola, ao sindicato, ao governo, todo mundo deixa as coisas importantes em relação a nossoa profissão pra lá, ninguém assume responsabilidade em defender a nossa causa, jogam tudo nas mãos dos outros, esperam soluções vinda daqueles que justamente nunca resolverão nada por nós, são eles os causadores da nossa miserabilidade social, financeira e profissional, é como esperar que o carrasco que nos degola coloque flores no nosso túmulo. Angustiado nunca entendia isso direito. Agora sei o porquê, graças a coluna Déjá Vú, eles são autocráticos, lamentavelmente autocráticos. Convido estes amigos a rever suas posições, leiam sobre Anarquismo, Marxismo, Cristianismo e tantos "ismos" que mudaram nossa história, revolucionaram o mundo e a forma de pensar e viver das pessoas.
Antes de concluir  transcrevo alguns trechos da coluna que nos transmite alguma esperança:
"O que alegra um pouco é a sensação de que algo está melhorando. Mas ainda precisa muito ser avançado. De qualquer maneira já há muita gente comprometida, admitindo que a sociedade da qual ela faz parte só será grande e soberana se todos que a compõe participarem ativamente, cada um cumprindo com seus deveres e obrigações".
Há em um movimento religioso católico chamado Cursilho de Cristandade, um brocado escrito no livro de Peregrino, espécie de guia daquele ideal que diz; " os maus não são bons, porque os bons não são os melhores". Isso mesmo! Diz o Dr. Milton  Marques de Medeiros encerrando sua coluna que indico como leitura obrigatoria para todos os educadores deste país.

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