sábado, maio 29, 2010

VI ENCONTRO REGIONAL DE EDUCAÇÃOFÍSICA E DESPORTO ESCOLAR 2010

 

VI ENCONTRO REGIONAL DE EDUCAÇÃOFÍSICA E DESPORTO ESCOLAR 2010

William Pereira da Silva

 

Participei do VI ENCONTRO REGIONAL DE EDUCAÇÃOFÍSICA E DESPORTO ESCOLAR 2010 na cidade de Mossoró, no SESI, promovido pela Secretaria de Estado da Educação e da Cultura – SEEC   e  Coordenadoria de Desporto – CODESP, coordenado pela 12ª Diretoria Regional de Educação da Cultura e dos Desportos – DIRED, tendo como coordenadoras local Francione Vieira e Rosilene Miguel.

Foram quatro dias de aulas expositivas e oficinas de voleibol indoor, professora Francileide C. da Costa. Dança professora Regineide Mª de S. Silva. Handebol, professor Roberto Souza e ainda como palestrante na abertura, Professor Luiz Marcos Fernandes Peixoto com o tema Planejamento Estratégico e Avaliação para Educação Física e Desporto Escolar.

O VI ENCONTRO REGIONAL DE EDUCAÇÃOFÍSICA E DESPORTO ESCOLAR 2010 deixou muito a desejar, mais uma vez, em relação aos temas desenvolvidos durante o evento. Parabenizo a todos os professores que ministraram as oficinas pelo seu bom desempenho naquilo que foi proposto, mas que não eram essas atividades desenvolvidas de handebol, voleibol e dança que deveriam ter acontecido pela magnitude do Fórum. Creio que existem temas mais relevantes e importantes para ser debater num encontro que tinham 147 professores de Educação Física de Mossoró e região e que durou quatro dias.  Muitos assuntos que afligem a classe de professores são esquecidos e têm-se a impressão de que há um a intenção de abordar temas que fujam da nossa verdadeira realidade. O que foi desenvolvido durante os quatro dias pareceu uma volta a Universidade onde aprendíamos o básico das modalidades esportivas e das disciplinas estudadas, foram ministradas aulas tão comuns neste evento que parecia estarmos numa revisão de conteúdos, assuntos que para quem tem trinta anos ensinando de Educação Física não significam nada.

Os encontros de Educação Física tem valido para rever velhos companheiros de Universidade, fazer novas amizades, confraternizarmos, mas nunca para debater assuntos relevantes a nossa profissão de professor e profissional de Educação física.

Na abertura o professor Luiz Marcos foi infeliz no seu discurso em enfatizar um tema irrelevante  que podemos aprender numa leitura qualquer referente a avaliação e ao planejamento em Educação Física, o mesmo com seu sarcasmo parecia querer irritar aos participantes com deboches e insinuações que nós somos pessoas desinteressada e desligadas em determinados assuntos, que não temos capacidade de mudança, de inovação, permaneci alguns momentos no auditório,  mas tive de sair por não suportar tamanha balela proferida pelo mesmo, e quando ele  se referiu que nós professores de Educação Física temos autonomia em nossa atuação nas escolas a platéia em peso reagiu fazendo-o mudar de assunto rapidamente, sabe ele que nós sabemos que a Coordenadoria de Desporto impõe e determina nossas cargas horárias dividindo em aulas de educação física e modalidades esportivas, não temos autonomia de atuar somente em modalidades esportivas, existem critérios fictícios que a coordenadoria alega em não podermos agir desta forma. Nas escolas particulares qualquer professor pode atuar somente com modalidade s esportivas em toda sua carga horária e creio que nas escolas estadual quem deveriam tomas essa decisão seriam os diretores juntamente com os professores que conhecem a realidade de cada setor e sabem das necessidades reais da Educação Física Escolar. Não temos nenhuma orientação concreta baseada em lei das determinações da CODESP, é tudo imposto na dúvida e na camaradagem de poucos privilegiados, nossa autonomia é jogada na lata do lixo, somos tratados como crianças e subordinados de nível inferior.

Sugiro aos idealizadores dos Encontros de Educação Física que tragam temas mais importantes para a categoria assim como; debates sobre a eficácia dos Conselhos Federal e Regionais de Educação Física, CONFEF/CREF; o que é MNCREF; a interferências dos Conselhos de educação Física nas escolas  e nossa relação com os Conselhos federal e estadual de Educação;  a inserção do professor no mercado de trabalho; a Educação Física na Internet, Portais de Educação Física, site e blogs, como criar um blog com conteúdos de Educação física; modalidades esportivas atuais e sua implementação nas escolas; mudanças nas nomenclaturas do professor como educador físico, profissional de educação física, monitor físico, agente de esporte e lazer; criação de agentes e monitores de educação física sem nenhum critério por alguns Estados brasileiro; novas tendências na área de Educação física, fitness, pilates;  autonomia dos professores nas escolas; defasagem salarial; violência nas escolas; e centenas de outra temas relevantes a nossa profissão.

Um destaque que percebi de alguns professores que ministraram as oficinas no encontro foi o enfoque para nós professores  procurarmos inovar, realizar mudanças na nossa forma de ensinar, de atuar nas escolas, mas não entende eles que quem deve mudar é a maneira como o Governo trata a educação e a nós professores, as mudanças mais significativas que acontecem em qualquer realidade deve vir dos poderes constituídos, dos governantes que tem o poder de realizá-las.


 

segunda-feira, maio 24, 2010

MARGINAIS NAS ESCOLAS

MARGINAIS NAS ESCOLAS

William pereira da Silva

Aluno de 15 anos de idade tira a chave do automóvel da bolsa da professora e rouba o carro de marca Gol da mesma. Houve perseguição da polícia com o menor dirigindo e empreendendo fuga pelas ruas da cidade, até que deixa o carro e foge. A professora sendo entrevistado na televisão conta o ocorrido e acrescenta que já foi ameaçada por um outro aluno que tirou nota abaixo da média e a ameaçou de morte. Como resultado ela declara que vai deixar a profissão, sendo também este pensamento de muitos professores por este país afora, e que, ainda se mantém em sala de aula por falta de opção de outra atividade remuneratória.
Caso não haja uma ação efetiva da coletividade para inibir o ingresso de marginais nas escolas a debandada de professores irão somente aumentar, além dos que já estão em tratamento de saúde e afastados das suas funções por maus tratos.
Pesquiso em jornais e na internet e vejo o alarmante índice e casos de violência contra o professor, é assustador mesmo. Facadas, tiros, ameaças, assedio moral, desrespeito e tantos outros fatos indecorosos acontecem com freqüência nas escolas contra os professores. Pior ainda é que temos de aceitar uma carga de trabalho pesada, cumprir horários pré-estabelecidos, acatar decisões das direções, supervisões e coordenações antes de podermos tomar uma decisão autônoma em detrimento da violência que nos atinge. Temos de agir como cordeirinhos, demonstrar paciência, usar da ética, obedecer às leis e normas impostas pelo sistema educacional, tratar os alunos como pessoas carentes que devem ser bem tratadas. Enquanto isso o que esta em jogo é nossa integridade física, nossa própria vida. Estamos a mercê de um sistema educacional que não seleciona mais seus alunos, sua clientela, qualquer um, seja ele quem for, pode se matricular numa escola pública, não existe nenhum critério, nenhuma exigência em saber quem esta vindo se matricular, se marginal, assassino, psicopata, ladrão, latrocida, não há nada que impeça dos bandidos ingressarem numa escola.
Aconteça de um professor agredir, falar mal, debochar, atentar contra um aluno o peso das leis e da justiça está pronto para agir contra ele, imediatamente a punição aparece, o professor infrator será severamente punido, toda a comunidade logo trata de desqualificá-lo, reprovar suas ações violentas enquanto que o aluno mesmo violento, ameaçador é tratado como vítima.
É hora de entender que escola não é reformatório, não somos preparados para lidar com marginais ou delinqüentes juvenis, nossa formação é para tratar com pessoas normais, pessoas que se matriculem e saibam que a escola tem leis e normas para serem obedecidas, professor ser respeitado, cumprimento de horários, estudar, pesquisar, ser instruído, que existe toda uma estrutura voltada para sua formação de cidadão.
Lugar de bandido é na cadeia e delinqüente juvenil nas instituições especializadas, escola é para quem quer aprender e ser disciplinado. Temos de adotar critérios no ingresso de alunos nas escolas, professor não é obrigado a aceitarem marginais dentro de salas de aulas.
Democracia e respeito é uma coisa, aceitação e submissão são outra.

sábado, maio 08, 2010

A FÉ QUE CEGA E O ESTUDO DAS RELIGIÕES


A FÉ QUE CEGA E O ESTUDO DAS RELIGIÕES

William Pereira da silva

Nos jornais da cidade de Mossoró, no Estado Rio grande do Norte, foi publicado matéria jornalística sobre um fenômeno que aconteceu numa praça. Uma senhora reza o terço embaixo de uma árvore cotidianamente, aparece nos galhos desta arvore uma substância branca parecida com gelo que cai até o chão, daí a comunidade em geral relaciona o fenômeno como um milagre de Deus, isso porque a senhora reza seu terço nesta árvore. Teve cidadão que viu até um pedaço desta substância em forma de terço. Foi um alvoroço geral, todo mundo queria ver o “milagre”. Veio o padre que pediu calma, depois um especialista da Universidade Federal do Semi-árido – URFESA, analisou o material  e desfez toda a agitação esclarecendo a todos que aquela substância era somente secreção de algum animal, possivelmente de camaleão ou animal semelhante.
Outro fato interessante aconteceu no estado do Ceará quando um homem afirmava ter visto uma santa dentro do sol.  A romaria foi intensa para o povo subir a serra para ver a tal  santa dentro do sol, dizem que veio gente de todo nordeste para presenciar o milagre. Um médico em Fortaleza-CE, assustado com o número de pessoas com problemas na visão foi pesquisar qual era a causa deste fenômeno raro na medicina, e na pesquisa descobriu que era por causa da visitação ao local da suposta santa do sol, daí foi tudo desvendado. Um maluco que já tinha várias passagens por hospitais psiquiátricos foi quem fez a afirmação e saiu divulgando pra todo mundo, jurando ser verdade que a santa estava dentro do sol e com  os crentes olhando para o sol muitos ficaram até cego. Nestes dois fatos podemos sentir a ignorância em que a fé e a religião colocam as pessoas em situações ridículas, e isso não é de hoje, há milhares de anos sempre acontece esse fatos absurdos em todo o mundo.
Em determinada escola duas “professoras” discutiam qual a religião que deveriam ensinar nas escolas, se a católica ou a protestante. Discutiam fervorosamente cada uma defendendo a sua religião chegando à situação de demonstrar rivalidade uma com a outra de maneira bem acentuada transparecendo certo ódio entre elas. Calmamente pedi a palavra e dei minha opinião que a  disciplina religião nas escolas deveria ter um espaço de mais destaque com mais aulas e ter uma importância maior na formação das pessoas. A meu ver, o estudo da Religião tem de demonstrar, estudar, pesquisar sobre todas as religiões e crenças existentes de forma bem mais profunda.
A oferta da disciplina Ensino religioso na rede pública estadual foi baseada no art. 33 da lei 9745/97: "O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão (...), assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo". O conhecimento da lei ajuda a dirimir os receios de proselitismo religioso. Os fundamentalistas, crentes ou não, que absolutizam a sua verdade e não convivem com a divergência de opiniões, ao contrário, são os maiores opositores à lei. (Brasil - Religião e escola pública Prof. Dr. Marcelo Martins Barreira).
Tem-se que ensinar religião aguçando a criticidade dos alunos levando a questionar absurdos nos ensinamentos de várias religiões. Perguntas questionadoras deveriam ser feitas em sala de aula;  - Como um Deus todo poderoso deixou acontecer a primeira guerra mundial onde somente quatro pessoas viviam na terra e uma mata a outra, inclusive provocada por este mesmo Deus que preferiu a oblação de um irmão em detrimento do outro causando a inveja e consequentemente a morte de Abel? Ou então esta outra de Epicuro (Epicuro de Samos foi um filósofo grego do período helenístico):  - Se Deus é tão bom e poderoso por que deixa acontecer tanta coisa ruim no mundo? "Se Deus pode acabar com o mal, mas não quer, é monstruoso; se quer, mas não pode, é incapaz; se não pode nem quer, é impotente e cruel; se pode e quer, POR QUE NÃO O FAZ?"
Fatos como este de Mossoró-RN e do Ceará deixarão de existir quando a educação realmente ensinar sobre a verdade das religiões, como elas surgiram, a que interessa e como foi desenvolvida na mente humana nos primórdios da humanidade.