sábado, julho 19, 2008

LEIS E CORRUPÇÃO

LEIS E CORRUPÇÃO

William Pereira da Silva

Certo dia um homem na praia jogava estrelas-do-mar dentro do mar, havia milhares delas sendo jogada fora pela maré e morriam muitas. Outro homem vinha passando e viu a cena e comentou;

- Trabalho perdido este seu, caro senhor, enquanto joga as estrelas do mar para a água ela devolve outras centenas ou milhares!

- Mas o mais importante para mim é que eu estou fazendo minha parte, salvando as que posso salvar!- respondeu o homem

Vemos nos noticiários na imprensa sobre a ação da policia federal prendendo vários ladrões do colarinho branco, verdadeiros gatunos do dinheiro público, porém logo após o poder judiciário encontra formas das mais absurdas de soltar esses corruptos ladrões. Muita gente pergunta, do que adianta a policia prender e o judiciário soltar? Ora! A policia esta agindo como o homem que joga as estrelas-do-mar para dentro d'agua, faz sua parte, o judiciário é que deixa as estrelas do mar morrer achando que não adianta combater os grandes que roubam o dinheiro público. O Governo Federal esta agindo de forma correta deixando a policia federal agir com autonomia.

Da mesma maneira como esta agindo o Governo Federal, deveriam também seguir o exemplo os Governos Estadual e Municipal. Equipar as policiais militar e civil, com serviços de inteligência e material humano e bélico, salários dignos, suficiente para combater a corrupção em todas as esferas da sociedade e ainda tem a guarda municipal que poderia em sua competência ajudar de forma singular no combate aos corruptos que adoram o dinheiro dos setores públicos deste país.

A população brasileira precisa urgentemente se engajar nesta empreitada do combate aos poderosos corruptos, não devem se aliar a eles. Disse certa vez o Ministro da Justiça, que adianta o Governo Federal ter sua ação se o povo em grande parte apóia políticos corruptos em suas cidades, prefeitos que se elegem, entram pobre na prefeitura e saem milionários, o povo vê, sabe e nada faz. Muitas vezes acham que isso é certo. O povo deve se revoltar publicamente nas praças, nas ruas, nas suas instituições de trabalho, nas igrejas, em todo os lugares. Devem denunciar todo e qualquer ato de corrupção.

O ministro da Justiça de Portugal relatou acertadamente que um País que se cria leis todo dia, toda hora, não para de criar leis, é o primeiro sinal de um país corrupto, e isso acontece no Brasil, toda semana tem uma lei diferente, todo mês o congresso vota uma nova lei, tem também as medidas provisórias que é uma forma do Governo Federal criar suas leis. Um absurdo que precisa parar e é uma forma também de combater a corrupção.

Sabemos que nos departamentos de trânsitos de toda nação a corrupção corre frouxa e é justamente neste setor que todo dia se cria uma lei diferente para motoqueiros, motoristas e ciclistas. Na educação também sentimos as mudanças constantes das leis que a regem, nela a corrupção também anda muito a vontade, é neste setor que a população e seus integrantes deveriam dar mais atenção ao combate a corrupção, todos na educação principalmente os professores deveriam dar aulas de cidadania aos alunos incitando os mesmo a lutar contra o grande mal social que é a corrupção, dentro do setor escolar, criar um clima de revolta levando o alunado a agir com mais veemência, com atitudes de rebeldia nas suas ações em suas lutas reivindicatórios. Sindicatos deveriam ter uma ação mais enérgica neste assunto, ainda são muito maleáveis mesmo sabendo existir a corrupção profunda no setor educacional, suas lutas pouco agem em relação a este assunto.

Façamos como o homem que jogava as estrelas-do-mar no mar, façamos nossa parte. Todos são responsáveis. Você também é responsável, então ajude a combater a corrupção em nosso país, será de grande ajuda para as futuras gerações que agradecerão a nossa luta contra este mal.




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quinta-feira, julho 17, 2008

A LEI SECA

A LEI SECA

William Pereira da Silva

 

Lei seca me lembra AL CAPONE, Alphonsus Gabriel Capone (Brooklyn, Nova Iorque, 17 de janeiro de 1899Palm Beach, 25 de janeiro de 1947) Foi um gângster Ítalo-americano que liderou um grupo criminoso dedicado ao contrabando e venda de bebidas entre outras atividades ilegais, durante a Lei seca entre as décadas de 20 e 30. Considerado por muitos como um dos maiores gângsteres dos Estados Unidos. Al - como era chamado pelo seu círculo íntimo, tinha o apelido de Scarface ("Cara de Cicatriz"), devido a uma cicatriz que tinha no rosto.

Não sou contra a lei seca instítuida em nosso país, porém há exageros na lei no que se refere ao indice do teor alcoólico que é detectado pelos bafômetros. Costumaz bebedor que sou  há mais de trinta anos, nunca causei sequer um acidente alcoolizado, fui acidentado com pequenas quedas de motocicleta por perda de equilibrio e parado. Meu segredo era somente respeitar o trânsito e os pedestres, nunca pilotei  uma moto ou dirigi um automóvel no intuito de agressividade, sempre pautei pela direção defensiva. Conheço muitos colegas de bebedeiras que agem também desta formas. A tolerância zero as pessoas que bebem e dirigem, fere o direito e a dignidade das pessoas que mesmo ingerindo bebidas alcoolicas sempre respeitou o trânsito e as pessoas. Existem individuos bebados e irresponsaveis, isto é inegável, que são os grandes causadores dos inúmeros acidentes, muitas vezs com vítimas fatais, como também existem bêbados responsáveis que ao perceber o efeito do alcoól dirigem-se para suas residências, justamente para não causar transtornos futuros na continuação da bebedeira e muitas vezes entregam seus carros a suas esposas, filhos ou aos colegas. Ao grupo dos bêbados irreponsáveis o rigor da lei, muita fiscalização e punição para eles, mas para aqueles que mesmo  bebendo respeitam a população, sabem dicernir quanto a quantidade que deve beber, os favores da lei, e que esse favor seja mais tolerâcia aos índices dos bafômetros para não punir pessoas inocentes.

Que mal pode causar um individuo, acompanhado de sua família, vai à praia, toma umas quatros cervejas, ou aquele que toma umas taças de vinho, ou outro que toma três doses de uísque ou outra bebida qualquer em quantidade minima, e retorna para casa? Muito mais mal pode ocasionar ao trânsito quem esta sobre o efeito de outras drogas como maconha, cocaina, LSD, heroína, ópio, craque e tantas outras existente no mercado negro das drogas. Quem vai saber ou fiscalizar este povo drogado? Quantas pessoas que cheiram a cocaína tomam bebidas alcoolicas e vão dirigir? Quantos motoristas tomam "arrebites" para não dormir, bebem e ocasionam acidentes? Fica a pergunta a culpa foi das drogas ou da bebida alcoolizada? Ou das duas associadas?

Faço parte dos que defendem a lei respeitando as pessoas de bem, responsáveis, respeitadores das culturas e costumes de um povo, mas mudar uma realidade ferindo o costumes de muitos, por culpa da insensatez de outros muitos, creio ser totalmente inconstitucional.

O nosso país precisa e muito de seriedade, trato bom com a causa do bem-estar público, portanto para isso não precisa punir os inocentes por causa da incoerência e insentazes daqueles que bêbados ou não vivem a burlar a lei em benefícios próprios.

A lei Seca como está demonstra que estamos a caminho de criar novamente figuras como Al Capone, só que no Brasil será os Als Capones do trânsito.

Viva a lei seca, mas não tão seca!

 



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terça-feira, julho 01, 2008

O Xadrez da política

O Xadrez da política

Encontrei essa preciosidade no blog INTELIGÊNCIA POLÍTICA e repasso para todos que se interessam pelos assuntos XADREZ e POLÍTICA e queiram publicá-lo. Ultimamente minhas idéias para escrever textos andam um pouco cansadas e precisando de férias, mas quando encontro um magnífico artigo como este de Sérgio Boechat, fico ansioso para vê-lo publicado em jornais, revistas, blogs e tudo mais. Como professor de Xadrez e Coordenador do Clube de Xadrez Pensart da Escola Estadual Jerônimo Rosado tudo que se refere ao xadrez tenho um imenso prazer de compartilhar com todos e ainda também vivo metido em política. Portanto se deliciem com essa jóia rara.

O Xadrez da política
(Opinião - Sérgio Boechat)

FONTE: http://inteligenciapolitica.bloguepessoal.com/8026/O-Xadrez-da-politica/

Nada se assemelha mais à política que o jogo de xadrez. Começa pela origem. Não se sabe, ao certo, a origem do xadrez. Já foi atribuída a sua invenção aos chineses, aos egípcios, aos persas e até mesmo a Aristóteles e ao Rei Salomão, mas a história não confirma nenhuma dessas lendas. Da mesma forma, em relação à política. Não se sabe quem começou, mas a encontramos em todos os momentos históricos desde os primórdios da humanidade e até mesmo nas páginas bíblicas. Os diálogos de Moisés com o Faraó são belos exemplos de uma negociação política.
O jogo de xadrez exige inteligência e o mesmo ocorre na política, onde os menos inteligentes não se destacam e por isso não passam de meros figurantes. E como temos figurantes no jogo político ! No jogo de xadrez as jogadas têm que ser feitas dentro do tempo estabelecido. Na política, também existe um “timing” e quem não o conhece ou não o respeita, ganha o estigma de perdedor.
Tancredo Neves não era um grande administrador, nem estava entre os melhores oradores do Congresso Nacional, mas tinha um “timing” político perfeito e em consequência disso foi quase tudo o que quis ser na política, menos Presidente, porque daquela vez prevaleceu o “timing” divino.
No jogo de xadrez existe uma previsibilidade de jogadas e o bom jogador prevê a jogada do seu oponente e as próprias jogadas com algumas rodadas de antecedência . Na política, também tem que existir essa previsibilidade e isso faz a diferença entre o bom e o mau político.
No xadrez, os objetivos são avançar as pedras, conquistar espaços no tabuleiro, capturar o rei e dessa forma, vencer o jogo. Na política, os objetivos são avançar no terreno adversário, enfraquecer os adversários, conquistar espaços políticos, convencer os eleitores e dessa forma, vencer a eleição.
Assim como há semelhanças, há também sensíveis diferenças entre o jogo de xadrez e o jogo político. No jogo de xadrez, cada peça se movimenta de uma maneira diferente, há um número certo de peças e cada uma tem o seu próprio movimento. Na política, não há limite de peças e nem movimento certo. Todas se movimentam em todas as direções, às vezes equivocada e atabalhoadamente. Há “peões”que querem se movimentar como torre, bispo, cavalo, dama e até fazem pose de “rei”. Ao primeiro movimento, aparentemente bem sucedido, se empolgam e se consideram os “reis” do tabuleiro político. O xadrez prevê a promoção do peão, quando ele atinge a última fila do tabuleiro e é trocado por outra peça, de maior importância, à escolha do jogador , mas estabelece um limite: Não pode ser trocado por outro peão nem pelo rei. Na política também deveria ser assim : o peão só seria promovido depois de alcançar a última fila do tabuleiro e assim mesmo respeitando o “rei” ou o líder maior, que ele jamais poderá ser. Um ponto que ainda merece ser destacado no jogo de xadrez é que as peças brancas sempre iniciam a partida.
Na política, também existem as peças brancas e as peças pretas. A norma deveria ser a mesma, mas não raro, as peças pretas se esquecem disso e querem iniciar a partida, esquecendo-se que as peças brancas sempre têm a precedência, pelas regras do jogo. As semelhanças de todos esses conceitos com a nossa política não são meras coincidências. Temos jogadores despreparados, sem inteligência política, sem capacidade de previsão das jogadas, sem conhecimento das regras do jogo e sem história política, em suma, peões pretos que , arrogantemente, se arvoram em líderes políticos e se esquecendo da limitação dos seus movimentos, tentam, sem sucesso, dar um chequemate no “rei”. Chegaram à última fila do tabuleiro, foram trocados por outra peça mais importante, mas não chegarão a ser “rei”, porque esta é também a lei do xadrez da política.-* Publicada no Portal Administradores, em 21 de abril de 2005.
Postado por WILLIAM PEREIRA DA SILVA às 06:06 0 comentários
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