quarta-feira, outubro 31, 2007

OS AQUETAS

OS AQUETAS

William Pereira da Silva
Na Hirudínea moravam os Aquetas, povo manso, ordeiro, calmo, descansados, omissos, submissos, todos tinham orgulho dessas característica, daí formavam um grupo de pessoas bastantes organizados. Nada que viesse a perturbar a ordem natural de suas intenções era aceito por eles. Preferia ver suas instituições ruindo a lutar pela melhoria delas, cada um só pensavam em si.
Passaram anos e anos vivendo felizes não percebendo o mal que faziam aos jovens da sua comunidade, não tinham percepção do futuro, eram extremamente imediatistas A lei que prevalecia era levar vantagem em tudo, todos tinham de trabalhar apenas pensando receber seu dinheiro no final do mês, cumprir seu expediente com o mínimo de esforço possível, isso determinava sabedoria, esperteza, sensatez. Os Aquetas tinham um poder de organização tão grande que nada impediam de realizar suas ações, por incrível que pareça nas suas escolas eles agiam também desta maneira, educando seus filhos, sua geração para orgulhassem de viverem conforme suas tradições de egoístas, corruptos, preguiçosos, predadores.
As escolas de Hirudínea em sua aparência tinham aspectos de prédios abandonados com suas paredes sujas, acinzentadas, riscadas, pichadas, teto desabando, jardins com flores murchas, plantas crescidas sem poda, portões enferrujados, portas quebradas, salas sujas, mas para muitos Aquetas aquilo não os incomodavam, o que mais valia era poder trabalhar do jeito que eles queriam, sem obedecer a normas, regras, bom mesmo estava no ficar nas salas sem fazer nada e os alunos bagunçando tudo, cochilar em alguma sala isolada, ficar batendo um papo sem futuro nos corredores, ir embora mais cedo para casa, ficar em alguma mesa lendo para aparentar intelectualidade, discursos eloqüentes, mas sem as ação para as palavras bem colocadas com voz altiva, desacreditar dos projetos dos colegas, rezavam para nenhum dar certo, projeto que não dava certo, aceitavam de primeira, mas quando sentiam que podia dar certo e as coisas funcionarem, imediatamente esses projetos eram descartados, nas reuniões cada um tinha um plano com discursos mirabolante demonstrando tudo estar funcionando perfeitamente, tudo devia ser sempre assim, nada deveria mudar. Pobres Aquetas! Não sabiam o mal que estavam causando aos seus jovens, não percebiam o anseio, à vontade, o desejo das crianças e adolescente da cidade e das escolas em ver um mundo novo, uma vida melhor. Os jovens Aquetas viam na TV, na Internet, muitas cidades bonitas, limpas, as pessoas em constantes atividades, bonitas, altivas, alegres, tinham vida nas atitudes e sucesso nas suas vidas, eram inteligentes, saudáveis. Quanto mais os jovens, juntamente com alguns moradores, professores, educadores mostravam formulas de mudanças, de melhoria com idéias novas, novos projetos, os Aquetas se organizavam para destruir todos os sonhos destas criaturas
Os Aquetas às vezes me lembravam certo animal da natureza, eles agiam como as sanguessugas, vermes terrestres ou aquáticos, monóicos e com desenvolvimento direto. As sanguessugas podem ser predadores de pequenos invertebrados ou parasitas. As espécies parasitas fixam-se no hospedeiro através de ventosas, então por meio de pequenos dentes, "raspam" a pele da vítima, provocando hemorragia e sugando o sangue liberado. São capazes de ingerir um volume de sangue correspondente a várias vezes o seu próprio peso. E no passado, as sanguessugas ( Hirudo medicinalis ) foram muito usadas para provocar sangrias em pessoas com pressão alta. Como as sanguessugas, os Aquetas destruíam tudo na natureza, nas suas instituições, principalmente nas escolas, agiam como predadores para sugar cada centavo, cada recurso, cada material da escola em beneficio próprio, até um dia elas não suportarem mais com a pressão e sucumbirem fechando suas portas. Nada disto incomodava os Aquetas da Hirudínea.
Certa vez chegou um sábio na Hirudínea trazendo soluções magníficas para uma mudança total na cidade, como de costume foi rejeitado, excluído, caluniado, difamado, assediaram o coitado moralmente, fizeram um abaixo assinado para expulsá-lo acusando-o de incitarem aos jovens e pregar a discórdia entre os cidadão de bem, professores e comunidade em geral. Mas o velho sábio na sua sabedoria sabia que tinha algo de bom, um dia quem sabe os Aquetas da Hirudínea percebessem o valor de suas idéias, projetos e ações.
Na índia, um país bem distante, certa vez um homem poderoso aceitou a sugestão de um sábio e toda sua vida mudou. Conta-se que o rajá indiano Balhait, entediado com jogos em que a sorte acabava prevalecendo sobre a perícia e a habilidade do jogador, pediu a um sábio de sua corte, chamado Sissa, que inventasse um jogo que valorizasse qualidades nobres, como a prudência, a diligência, a lucidez e a sabedoria, opondo-se às características de aleatoriedade e fatalidade observadas no nard (antigo jogo indiano com dados).
Passado algum tempo, Sissa se apresentou ao rajá com sua invenção. Tratava-se de um tabuleiro quadriculado, sobre o qual se movimentavam peças de diferentes formatos, correspondendo cada formato a um elemento do exército indiano: Carros (Bispos), Cavalos, Elefantes (Torres) e Soldados (Peões), além de um Rei e um vizir (Rainha). Sissa explicou que escolheu a guerra como tema porque é a guerra onde mais pesa a importância da decisão, da persistência, da ponderação, da sabedoria e da coragem.
O rajá ficou encantado com o jogo e concedeu a Sissa o direito a pedir o que quisesse como recompensa. Sissa tentou recusar a recompensa, pois a satisfação de ter criado o jogo, por si só, já lhe era gratificante. Mas o rajá insistiu tanto que Sissa concordou em fazer um pedido:
- Desejo, como recompensa, um tabuleiro de Xadrez cheio de grãos de trigo, sendo que a primeira casa deve ter um grão, a segunda deve ter dois, a terceira deve ter quatro, a quarta deve ter oito, e assim sucessivamente, dobrando o número de grãos na casa seguinte, até encher todas as casas do tabuleiro com o número de grãos correspondentes.
O rajá se recusou a satisfazer um pedido tão modesto, e tentou persuadir Sissa a escolher uma recompensa mais valiosa. No entanto, Sissa disse que para ele bastava que lhe fosse conferida aquela recompensa, e nada mais.
Diante disso, o rajá ordenou que lhe dessem um saco de trigo, julgando que nele haveria pagamento de sobra, mas Sissa se recusou a aceitá-lo. Disse que não queria nem um grão a mais nem a menos do que lhe cabia receber.
Foi só então que o rajá ordenou aos seus matemáticos que calculassem a quantia exata que deveria ser paga, e descobriu, para sua consternação, que todo o trigo da Índia não era suficiente, aliás, todo o trigo cultivado no mundo, durante dezenas de anos, não seria suficiente! A quantia era 264 - 1 grãos de trigo, que corresponde à soma da série: 1 + 2 + 4 + 8 + 16 + 32 + 64 + 128 + 256 + 512 + 1.024 + 2.048 + 4.096 + ... + 9.223.372.036.854.775.808, isto é, 18.446.744.073.709.551.615 grãos de trigo!!?
Para alívio do rajá, Sissa disse que já sabia que sua recompensa não poderia ser paga, pois aquela quantidade daria para cobrir toda a superfície da Índia com uma camada de quase uma polegada de espessura.
Esta é apenas uma das lendas, mas que prova que os criadores desse jogo foram pessoas altamente inteligentes ou muito astutas e com grande habilidade em matemática e uma boa capacidade lógica e os Aquedas um povo egoísta e insensato.

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sábado, outubro 20, 2007

ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES NAS ESCOLAS

ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES NAS ESCOLAS

William Pereira da Silva
O processo da Gestão Democrática nas escolas públicas, passa por algo bem mais amplo do que imaginados por muitos. Não é somente a eleição para diretor a conclusão do processo e sim a participação efetiva com o comprometimento e responsabilidade de toda comunidade escolar em conselhos, associações e grêmio estudantil. Nós professores temos o dever de criar nossas associações dentro das escolas para que, independente da direção, supervisão, coordenação e outros segmentos, possamos nos reunir, debater nossa situação, defender nossos direitos juntamente com condições mais saudáveis e propicias a nossa função.
Na escola que trabalho  comecei os primeiros contatos com meus colegas para definirmos, já no inicio do próximo ano, a criação da nossa associação, alguns assimilaram a idéia enquanto outros conservadores ainda relutam em não acreditar na nossa ação.
Alguém pode perguntar para que uma Associação de Professores dentro da escola, qual finalidade teria num espaço tão pequeno onde já temos muitas reuniões dando chance dos professores demonstrarem suas ideais e defender seus interesses.
Sabemos que muitas decisões são tomadas em muitas escolas em salas de portas fechadas, com três ou quatro pessoas decidindo sobre nós, onde não somos ouvidos, nem consultados sobre nossos destinos, interesses e direitos. Decisões essas, geralmente favorecem um grupinho de pessoas ou os amigos e correligionário da direção, sendo isso uma pratica comum nas escolas públicas. Há muitas injustiças no ambiente escolar, no qual nós professores geralmente somos os culpados por toda mazela que existe dentro delas. Tive o desprazer de ver colegas, bons profissionais, com anos na escola, experiências ricas, serem trocados por novatos, apenas por não ser amigo da diretora, contrariando "certas" decisões da mesma. Esse é só um exemplo entre tantas outras Injustiças e incompreensões que sofremos.Certos fatores na rede pública de ensino me intriga. Uma escola tem uma sala de professores com ar-condicionado, gelàgua, mesas e cadeiras suficientes para todos, paredes decoradas, quadro de avisos, fica em local fechado sem trânsito de alunos e outros funcionários, mini-biblioteca, garrafas térmicas com chá e café, estantes, televisão, enfim uma sala própria, adequada, condizente com nossas necessidades. Noutra a sala dos professores é sempre aberta, não tem ar-condicionado, é um passa-passa de alunos, é caminho para direção, supervisão, secretaria, não tem gelàgua, as paredes limpas, é um fuzuê daqueles. Por quê? Elementar não acha. Alguns professores são afortunados, não comparecem na escola para dar aula e seu dinheiro vem todo mês integral, sem faltar um tostão, enquanto outros professores suam a camisa e numa simples falta são massacrados e taxados de incompetente. Acontece? Acontece sim, sabe por quê? Porque agimos sem organização, soltos a mercê da fúria e incompetência de alguns diretores que criam grupinhos para protegê-lo e elegê-lo em eleições futuras. Os melhores setores e cargos são para seus "amiguinhos".
Sofremos muito com a realidade escolar, desde a violência, desinteresse dos alunos, falta de reconhecimento profissional, ausência da família para ajudar na educação dos alunos, projetos não reconhecidos, intolerância de diretores, assedio moral, falta de material didático, salários defasados, ambiente de trabalho carregado de intrigas e más querências, corrupção, são umas infinidades de fatores, que nos colocam em estado de estresse constantes. Portanto a Associação de Professores seria o fórum para debatermos todas essas e outras questões, para juntos lutarmos por dias melhores nas nossas atuações dentro das escolas.
Para formar uma Associação de Professores dentro da escola somente é necessário o interesse de três ou mais professores. O primeiro passo é formular uma carta mostrando a necessidade e os motivos para a formação da associação,entregar, convidar a todos, nos três turnos, se houver, para uma reunião em determinado horário. Reunidos, que seja no mínimo cinco professores,  criar um simples estatuto, compor uma diretoria, fazer a ata, registrar em cartório, elaborar um calendário de reuniões, planejarem ações futuras e começar a lutar pelos nossos direitos.
Quando nossas reivindicações não forem atendidas, nossos direitos feridos vão ao ministério público solicitar uma audiência pública, ou seja, um caso mais grave, solicitar advogado para nossa defesa. Unidos somos mais forte.
Vejamos o  exemplo dos búfalos.
"O búfalo adulto é muito forte, impondo respeito mesmo a um grupo de leões que possa cruzar no seu caminho. Além do homem, possui como predador natural o leão, mas mesmo um indivíduo da manada é capaz de se defender usando a força ou a proteção da própria manada. Regularmente pelo número de animais na manada, pela dispersão no terreno e pela falta de defesa de animais idosos, os leões podem matar e comer um búfalo, mas isto exige que um grupo de leões se organize e ataque um único animal. É raro o fato de um leão atacar e derrubar um búfalo adulto sozinho." Sejamos búfalos para unidos combater os leões da educação.

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domingo, outubro 14, 2007

OS MOVIMENTOS NATURAIS

OS MOVIMENTOS NATURAIS
William Pereira da Silva
            
            Trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha
"Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel... A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura dum fuso de algodão, agudos na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes são feita como roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte que não os molesta, nem os estorva no falar, no comer ou no beber.
Os cabelos seus são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta, mais que de sobrepente, de boa grandura e rapados até por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte para detrás, uma espécie de cabeleira de penas de ave amarelas, que seria do comprimento de um coto, mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiçoe as orelhas. E andava pegada aos cabelos, pena e pena, com uma confeição branda como cera (mas não o era), de maneira que a cabeleira ficava mui redonda e mui basta, e mui igual, e não fazia míngua mais lavagem para levantá-la."
Dar para percerber neste trecho acima citado  da carta de Pero Vaz de Caminha, que os indios encontrados no Brasil, eram mais de dois milhões, formavam uma população de seres humanos saudaveis, corados, fortes que sabiam nadar, pescar, remar, correr, inclusive muitos anos depois descobriram em suas culturas várias atividades esportivas como exemplo a corrida do tronco, corridas de canoas, competição de pesca, danças e outras atividades físicas. Percebe-se tambem que o jogo de xadrez já fazia parte da tripulação dos navios da frota de Cabral. Percebe-se também que, eram livres, não havia ninguém para ensinar nada sobre sua saúde e movimentos corporais, aprendiam com a natureza e a experiência dos mais velhos.
A nona edição dos Jogos indígenas será realizada de 24 de novembro a 1º de dezembro. As provas serão distribuídas em Recife e Olinda. . O evento é realizado desde outubro de 1996, sob o patrocínio do Ministério Extraordinário dos Esportes, por meio das secretarias de esporte e prefeituras dos estados que acolhem o evento, com o apoio da Funai, responsável pela mobilização dos participantes do evento. As modalidades existentes são; Arco e Flecha, Cabo de guerra, Canoagem, Atletismo, Corrida com tora, Xikunahity, (Futebol de cabeça, pronuncia-se Zikunariti, na linguagem dos Paresi e Hiara na língua dos Enawenê Nawê,  a Prova consiste numa espécie de futebol, em que o chute só pode ser dado usando a cabeça. É um esporte praticado tradicionalmente pelos povos Paresi, Salumã, Irántxe, Mamaidê e Enawenê-Nawê, de Mato Grosso. É disputado por duas equipes que podem possuir oito, dez ou mais atletas e um capitão é realizada em campo de terra batida, para que a bola ganhe impulso.),Futebol, Arremesso de lança, Luta corporal, Natação,  Zarabatana, Rõkrã ( Jogo coletivo tradicional praticado pelo Povo Kayapó do estado do Pará. Jogado em um campo de tamanho semelhante ao do futebol. Se desenvolve entre duas equipes de 10 ou mais atletas de cada lado, onde todos usam uma espécie de borduna (bastão), cujo objetivo é rebater uma pequena bola (coco) que ao ultrapassar a linha de fundo de seu oponente, marca um ponto. De acordo com informações dos kayapó, esse esporte já não estava mais sendo praticado devido a sua violência que causava graves contusões nos competidores, essa modalidade tem muita semelhança com um dos esportes mais populares do Canadá, o Lacrosse, coincidentemente considerado de origem indígena daquele país.)
O questionamento em voga é refletir e perguntar; quem ensinou aos indígenas todos esses esportes? Donde eles adquiriam essas habilidades? Havia Professores ou Profissionais de Educação Física? Evidentemente que não. Toda essa aprendizagem vinha dos movimentos naturais necessários a sua sobrevivência juntamente com a necessidade de caçar, pescar, atravessar rios a nado, subir em arvores, correr para diminuir o tempo nas distancia, criar brincadeiras nas horas de ócio, preparar-se para as guerras, construir abrigos, manipular alimentos, confeccionar utensílios e vestimentas. Tudo que aprendiam era com os elementos da natureza e repassado de gerações em geração através da genética e do poder da imitação, na qual é uma poderosa ferramenta de aprendizagem no desenvolvimento dos movimentos humanos. Pela imitação aprendemos muito mais a desenvolver os movimentos tanto na dança como nos esportes ou em qualquer atividade que exijam os movimentos.
Pode-se pensar que, eu, como professor de educação física, sou contra a minha profissão, em hipótese alguma penso assim, mas sei que o nosso papel deve ser de educador e repassar para todos a cultura do movimento humano para que possamos vencer as barreiras que o mundo moderno impõe a cada dia, onde nossos espaços são reduzidos e o conforto da tecnologia nos torna pessoas ociosas, levando também a obesidade pela farta opção de alimentos. Somos induzidos a consumir muito e não temos espaços adequados para as atividades físicas  e isso fez perdemos a capacidade  de exercitar nossos movimentos naturais.
Devemos ter ciências da nossa capacidade criativa na qual somos capazes de criar e executar diversos movimentos sem a necessidade de nenhum profissional ou professor interferir. A cultura humana tem mostrado isso através dos milênios onde diversas delas tem sido a criadora de danças, artes marciais, esportes e das milhares atividades dos movimentos humanos desde os primórdios da humanidade. O professor como educador deve ensinar, estimular, demonstrar, estudar, pesquisar, propor, fazer valer a busca da cultura dos movimentos humanos nas diversas épocas, como fator histórico, aplicando nossos conhecimentos nas diversas áreas onde existir e necessitar das atividades dos movimentos humanos.
Ninguém ensina a ninguém a mamar, pegar, jogar, engatinhar, arrastar, andar, correr, pular, rolar... Apenas auxiliam no processo natural do desenvolvimentos dos movimentos. Já dizia  o grande educador Paulo Freire; "Ninguém educa ninguém, as pessoas se educam em comunhão". E aasim também ocorre com os movimentos humanos.
 
 

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sábado, outubro 06, 2007

DIA DO PROFESSOR

DIA DO PROFESSOR

William Pereira da Silva
Vem ai o dia  15 de outubro, o dia do professor. Professor é o profissional que ministra aulas ou cursos em todos os níveis educacionais, a saber: Educação infantil, Educação fundamental, Ensino médio e superior, além do Ensino profissionalizante e técnico.. É uma das profissões mais antigas e mais importantes, tendo em vista que as demais, em sua maioria, dependem dela. Nas séries iniciais da escolarização, temos uma porcentagem elevada de mulheres exercendo a função; no Brasil, com o passar dos níveis escolares, vemos a inversão dos percentuais em favor dos homens. Platão, na República já alertava da importância do papel do professor na formação do cidadão.
Nos Estados Unidos da América (E.U.A), o termo Professor é reservado apenas para indivíduos que ministram aulas em instituições de ensino superior (college ou university). Professores do ensino fundamental ou médio são denominados Teachers. Além do ensino propriamente dito, Professors nas universidades americanas dedicam-se principalmente a atividades de pesquisa, incluindo a orientação de alunos de pós-graduação
No Reino Unido, o uso do título Professor é ainda mais restrito do que nos Estados Unidos, sendo reservado apenas a docentes seniores em universidades. O nível inicial da carreira acadêmica em universidades britânicas, aberto normalmente a indivíduos que já detenham o grau de doutor, é designado Lecturer. Seguem-se os níveis de Senior Lecturer, Reader e, finalmente, Professor, este último atingido apenas por um número muito pequeno de indivíduos que normalmente são chefes de departamentos acadêmicos ou detêm uma cátedra pessoal.
Em vários países da Europa, p.ex, França e Alemanha, o título de professor é também reservado, nas universidades, apenas a docentes seniores. Ao contrário do que acontece nos países de língua inglesa porém, a promoção ao nível de Professor requer que, além do grau acadêmico de doutor, o candidato passe também pelo processo de Habilitação (semelhante à antiga Livre-docência no Brasil), que normalmente exige a submissão de uma segunda tese (monográfica ou cumulativa) e uma aula pública ministrada perante uma banca de especialistas. Em geral são necessários vários anos de experiência profissional ou acadêmica após a conclusão do doutoramento para que um indivíduo se qualifique a obter uma Habilitação.
O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro aqui no Brasil, mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no nosso país.
No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D'Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, "todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras". Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.
Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.
Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como "Caetaninho". O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.
O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.
A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".
Atualmente temos o comemorar? Creio que sim. Mesmo diante das dificuldades impostas pelos governantes, causando uma crise sem precedentes na educação, nós professores resistimos com bravura, sabedores da importância da educação para as crianças e jovens do nosso país. Somos heróis lutando na adversidade, contra a ignorância dos políticos que não vêem na educação a grande salvação para toda nação. Não há desenvolvimento econômico com um povo pobre e ignorante. Educação é revolução, e nós professores fazemos parte deste contexto. Viva o Dia dos professores.
O meu incentivo e grande abraço a todos os educadores de verdade deste país, que lutam por dias melhores e educam com dedicação. Meu abraço e carinho especial a Professora Martha Cristina Maia que, mesmo deficiente dá exemplos de superação, ensinando com carinho e  amor enfrentando o preconceito e a incompreensão de muitas pessoas, um grade exemplo de mulher e professora.  Felicidades a todos os professores.
Colaboração Professora Edilma da escola CG GAMA – DISTRITO FEDERAL, Coordenadora de Pedagogia.
 

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