quinta-feira, maio 24, 2007

INCLUSÃO, DISCRIMINAÇÃO E EXCLUSÃO

INCLUSÃO, DISCRIMINAÇÃO E EXCLUSÃO

William Pereira da Silva
A inclusão, segundo Meire Cavalcante é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro.
A discriminação pode se entender como o nome que se dá para a conduta (ação ou omissão) que viola direitos das pessoas com base em critérios injustificados e injustos, tais como: a raça, o sexo, a idade, a opção religiosa e outros.
O termo exclusão social, de origem francesa, toma vulto a partir do livro Les Exclus (1974), de autoria de Lenoir, que define os excluídos como aqueles indivíduos concebidos como resíduos dos trinta anos gloriosos de desenvolvimento. Seguindo as idéias de Lenoir, o estudioso brasileiro Hélio Jaguaribe, em meados de 80, prevê, a partir da pobreza crescente, a exclusão de contingentes humanos e a define como resultado da crise econômica que se inicia em 1981-83. Para este autor, a exclusão assume as feições da pobreza. O escritor e político brasileiro Cristovam Buarque (in Nascimento, 1996), seguindo a mesma perspectiva de compreensão, ao analisar a crise econômica, publica escritos (1991, 1993 e 1994) que chamam a atenção para a ameaça à paz social. Segundo Buarque, a exclusão social passa a ser vista como um processo presente, visível e que ameaça confinar grande parte da população num apartheid informal, expressão que dá lugar ao termo "apartação social". Para ele, fica evidente a divisão entre o pobre e rico, em que o pobre é miserável e ousado enquanto o outro se caracteriza como rico, minoritário e temeroso.
Analisando os termos acima apresentados relembro um pouco da minha vida e dentro deste prisma sinto o quanto fui excluído no meu contexto social sendo a principal causa a minha situação como pobre filho de gente humilde. Hoje a escola volta-se para a fase da inclusão e nela tento me inserir nesta contextualização inserindo nos meus afazeres escolares pessoas com deficiência físicas, visuais, da audição e da fala nos quais sinto uma reclamação geral por não verem seus direitos serem respeitados e a discriminação de muitas pessoas em relação a eles rejeitando-os como seres humanos capazes de realizar as mais diversas tarefas no cotidiano e como próprios seres humano com dignidade a vida e ao que ela oferece. Em conversas informais, os deficientes relatam além da discriminação o sentido de exclusão a que são submetidos e sempre relato a eles que a exclusão no Brasil não é só para com os deficientes, mas também nas mais diversas situações em que se encontra o pobre, o negro, as mulheres, milhares de crianças, trabalhadores. Enfim uma grande parcela da sociedade é excluída dos seus mais elementares direitos como ser humano pelo sistema econômico criado com o advento do capitalismo nos séculos passados. Essa cultura capitalista valoriza somente os capazes, inteligentes, vencedores criando na nossa mente a imagem que todos que conseguem dinheiro, riquezas e poder são realmente os detentores da felicidade e da perfeição humano na terra. Uma das formas mais cruel de exclusão não é com deficientes e sim com os pobres que além de serem desprezadas como seres humanos passam por agruras quase que insuportáveis como a fome, falta de moradia, violência, mortes prematuras, trafico de drogas, mazelas de todas as naturezas.
A inclusão é um pequeno avanço que a educação esta conseguindo realizar para que possamos respeitar as diferenças reconhecendo que podemos conviver em comunhão aprendendo junto com pessoas deficientes ou com outras carências humanas. Uma grande lição estou aprendendo com os deficientes, é da força da superação e a conscientização de que um dia poderemos ser um deles e devamos agir com cautela antes de virar as costas as pessoas portadores de deficiência ou aquela menos favorecidas de recursos para viver. Tenho dito ao longo da minha vida que " O mundo da muitas volta em torno de si, dá uma volta ao redor do sol e volta sempre ao mesmo lugar". Sempre estamos voltando ao lugar de origem. Nascemos carentes e precisando de todos até tornarmos-nos independente para viver, mas devemos lembrar que um dia voltaremos a ser carentes e dependentes de novo ou pela velhice ou por um acidente qualquer que pode nos deixar inválidos ou deficientes físicos, visuais, auditivo, e ainda com problemas mentais.
Para a professora Maria Tereza Egler Mantoan ''Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças''

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EDUCAÇÃO FEIJÃO-COM-ARROZ

EDUCAÇÃO FEIJÃO-COM-ARROZ

Por William Pereira da Silva
 
A Educação no Brasil há anos passa por um processo de falta de identidade referente à sua eficiência e qualidade nos seus sistemas de ensino. Criam-se métodos, fórmulas, mudam-se currículos, aumentam números de séries, modificam sistemas de avaliações, ampliam permanência de alunos na escola. A cada Governo, a cada Ministro da Educação aparece às promessas juntamente com os projetos de inovação para as melhorias no setor educacional brasileiro, uns até com mudanças Revolucionárias. Por incrível que pareça a situação só faz piorar, parece uma história sem fim, sem soluções, um eterno laboratório de experiências.
Lendo na Revista Veja, de quatro de abril de 2007, na seção, Ponto de Vista, o economista Cláudio de Moura Castro, no artigo "ENTRE A FINLÂNDIA E O PIAUÍ", faz um excelente comparativo entre a melhor educação do mundo na Finlândia e tendo no Piauí a melhor escola secundária do Brasil. Rememoro a educação recebida pelos estudantes em décadas passadas na qual fui aluno.  Era exatamente esta prática do feijão -com- arroz da educação citada pelo economista uma educação plena, de qualidade, onde tudo funcionava com disciplina e ordem e os alunos aprendiam.
São diversos os fatores que o economista Cláudio de Moura aponta como pontos principais do sucesso dos sistemas de ensino que deram certos no mundo, e diz que são métodos simples, óbvios e robustos.
Vejamos os traços mais comuns das boas escolas e dos bons sistemas nas pesquisas citada no seu artigo:
Ø                 Boas escolas têm clara percepção dos rumos em que navegam, isto é, possuem metas. Além disso, são poucas metas, que não mudam de uma hora para outra e são compartilhadas por todos. E não é só isso. As metas são quantificadas (exemplo: em dois anos, ganhar tantos pontos nos testes).
Ø                 O ambiente é sempre saudável, os fluidos são bons e os professores estão satisfeitos. De fato para os professores, a atmosfera da escola é pelo menos tão importante quanto o salário. Ademais, a sociedade valoriza e prestigia os professores.
Ø                 As autoridades dão as escolas muitas autonomia para operar. Há forte liderança do diretor ("A escola tem a cara do diretor"). Ele manda. É um real gerente, estando livre para se mover. Mas deve atingir as metas estabelecidas, e seu desempenho é avaliado com rigor. Quase não é preciso dizer: NEM SUA INDICAÇÃO É MOEDA DE TROCA NA POLÍTICA NEM É ELEITO PELOS SEUS PARES.
Ø                 Sejam públicas ou privadas, as escolas são administradas como as boas empresas. Há cobrança de resultados e vantagens para quem desempenha bem seu papel. Os melhores mestres são colocados nas turmas mais difíceis. Ao mesmo tempo, malandros e incompetentes ganham puxões de orelha.
Ø                 Provavelmente, os professores nunca ouviram falar nem nos autores nem nas teorias da moda pedagógica. Contudo, conhecem bem os assuntos que ensinam e aprenderam a ensinar. De fato, pedagogia para eles significa saber ensinar cada ponto da matéria.
Ø                 Há muita ênfase em aplicar as teorias em problemas da vida real – em vez de decorar fatos, fórmulas e definições. Os livros são de boa qualidade, detalhados e universalmente usados. Os professores mão precisam "criar" sua aula (embora não esteja proibido), pois existe uma retaguarda de planejamentos e explicitação de tudo o que acontece na aula (os livros e os guias dos professores oferecem bancos de perguntas, de exercícios e de aplicações práticas).
Ø                 Os currículos oficiais são claros e precisos, dizendo exatamente o que é para ser ensinado e aprendido. Segundo um funcionário do Ministério da Finlândia: "Nosso currículo prescreve, nossos professores ensinam e nossos alunos aprendem as mesmas competências e conhecimentos que são avaliados no Pisa (programa Internacional de Avaliação de Alunos)".
Ø                 A sala de aula é convencional. Existem avaliações freqüentes, bastante dever de casa e muito feedback  para o aluno. A jornada de trabalho é longa (pelo menos cinco horas), mas não há necessariamente tempo integral. Os alunos são seriamente cobrados e precisam estudar. A disciplina é "careta" (por exemplo, não se pode conversar durante a aula).
Ø                 A família acompanha a vida escolar do aluno e o vigia de perto, para assegurar que ele fez o dever de casa. Além disso, conversa muito com ele e garante a existência de um ambiente físico e psicológico que favorece o estudo e o aprendizado. Televisão berrando ou sintonizada na novela pode ser a distração da família, mas desvia o aluno do seu maior projeto de vida, que é a educação.
Tudo isso mostrado anteriormente, oitenta por cento vivencie no Colégio Estadual de Mossoró quando aluno do "Ginasial" e do "Científico". Foi neste sistema de ensino que estudei e aprendi grande parte do que sei hoje. Tive um estudo de qualidade onde os professores eram respeitados, o Diretor um verdadeiro comandante e líder da escola. O currículo e os métodos de ensino eram eficazes e não mudavam de uma hora para outra. Por isso acredito nesta educação feijão - com –arroz a qual me servi dela e nela vi muita gente vencer aprendendo a viver na realidade e conquistar sucesso na vida. Sei que existem muitas escolas que ainda aplicam este tipo de educação, estão vivas e atuantes, não sentido a crise criada pelos governos que destruíram a educação no Brasil.
 Exceções existem, está ao nosso lado, mas fazemos por onde não ver e seguir seu valoroso exemplo.  Cito a Educação nas Escolas Militares no seu percurso milenar, não muda sua disciplina e seus métodos educando jovens e cientistas no mundo todo com sucesso absoluto, juntamente com escolas tradicionais católicas, com  uma disciplina severa nunca deixam de cumprir seu papel e não vemos nenhum alunos depois de formados e preparados para a vida reclamar do rigor da disciplina e da pesada carga de estudo impostas por elas.
Sei quem esta acabando com o ensino no Brasil e principalmente as escolas em que nada funciona chegando ao caos. Este exemplo realizado numa escola mostra bem que são essas pessoas.
Certo dia, todos que chegavam à escola, encontrou exposto no mural um cartaz bem grande com letras enormes que tinha uma provocação: - AQUELE QUE QUISER SABER QUEM ESTA ACABANDO E DESTRUINDO NOSSA ESCOLA, VÁ LÁ AO GINÁSIO DE ESPORTE E ENCONTRARÁ A RESPOSTA. CHEGANDO AO GINÁSIO AS PESSOAS ENTRAVAM, DEPOIS SAIAM CABISBAIXO. LÁ DENTRO HAVIA UM CAIXÃO DE DEFUNTO. A PESSOA CURIOSA OLHAVA DENTRO DELE E VIA SEU ROSTO NUM ESPELHO.
Essa é a grande verdade na realidade de muitas escolas do Brasil e de Mossoró. As pessoas que nelas atuam, estão mortas para inovar trazendo de volta com forças moral e ética a grande EDUCAÇÃO FEIJÃO-COM-ARROZ.

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segunda-feira, maio 21, 2007

ACRÓSTICO À MARTHA

ACRÓSTICO À MARTHA

Por William Pereira da Silva

Acróstico é uma composição poética na qual o conjunto das letras iniciais (e por vezes as mediais ou finais) dos versos compõe verticalmente uma palavra ou frase.
O acróstico foi criado no Antigo Egito por volta de 2000 a.C., constituiu-se na primeira ocorrência registrada de cruzamento de palavras - na verdade, cruzamento de hieróglifos, desenhados em papiros daquela época.
Esse enfeite literário serviu de inspiração a um desconhecido escriba, em algum ponto entre 2000 a.C. e 1350 a.C., levando-o à idéia de criar inscrições em *Estela, nas quais frases verticais cruzariam com as frases horizontais do texto. Provavelmente, a experiência iniciou com apenas um cruzamento no sentido vertical, evoluindo para conter mais cruzamentos nos anos seguintes. Então concluímos que o acróstico é o pai das palavras cruzadas.
Apresento um acróstico que fiz em homenagem a uma guerreira da educação a professora MARTHA CRISTINA MAIA a quem em pouco tempo de amizade aprendi a admirá-la pela sua intelectualidade e amor a profissão de professora e seus pequenos alunos.
Conheci a professora Martha através do SUPLEMENTO ESCOLA onde num de seus textos vi seu e-mail e entrei em contato com ela. É mais de sessenta textos escritos e publicados neste SUPLEMENTO ESCOLA pela professora Martha, todos muito bem elaborados e escritos com a delicadeza de quem escrevem com a palavra do coração.
Acho mais que justo este Suplemento fazer esta singela homenagem a esta extraordinária figura humana que tanto luta por uma educação de qualidade e em defesa dos direitos das pessoas deficientes em geral. Parabéns a professora Martha.
Eis o Acróstico:

MAR DE EMOÇÕES

ACRÓSTICO À MARTHA
Por William Pereira da Silva

Mar de emoções, amor, de amar... Sonhos...
A busca incessante de um ser

Revivendo lembranças de menina

Trazendo para si o mar.

Harpas tocando os sons das ondas

Acalenta seu ser imortal.






Canções de conchas sonoras agitam sua alma

Revolvendo águas turvas

Incessantemente na angustia de infinitas mortes.

Sempre esperando vir junto ao vento

Tsunames de amor a lhe consolar.

Indo a vida nas naves que afundaram

Navega ao encontro das paixões

Ansiosa desprendendo a vontade de amar, no mar.
Martha... A infinita busca da paz.

Amando, querendo, sofrendo, desejando,

Iluminada na luz espiritual

A menina agora mulher nas águas do mar se encontrará.

ACRÓSTICO MARIA LEONÊS FILGUEIRA

ACRÓSTICO MARIA LEONÊS FILGUEIRA

TÍTULO - ILUSÕES DE UM NAMORADO
AUTOR: WILLIAM PEREIRA DA SILVA

Momentos felizes vivo a passar contigo
Alimentando uma paixão contida em mim
Recheada de carinho, ternura e compreensão
Instantes que me faz feliz
Abrindo para ti meu coração


Lúcido de que poderei ser traído
Enfrentarei esse amor
Ostentando em mim uma possível desilusão
Não irei chorar se tal fato acontecer
Embora sentirei piedade
Sabendo que meu coração vai sofrer.


Fugindo de uma realidade sórdida
Incapaz de alguma alegria
Luta para que um dia
Guiado pelo teu amor
Unimos nossos corações
Encontrando assim uma paixão com fervor.
Incansavelmente procurei por essa felicidade
Resta agora saber de verdade
Anseias pelo meu amor?

Este acróstico foi escrito para sua namorada Maria Leonês Filgueira , hoje esposa, no dia 21/05/1978.

HOMENAGENS AOS MESTRES COM CARINHO

HOMENAGENS AOS MESTRES COM CARINHO

William Pereira da Silva
Wilpersil@hotmail.com

Realizando pesquisa na biblioteca Municipal Ney Pontes me deparei com os Suplementos ESCOLA do Jornal Gazeta do Oeste datado do ano de dois mil e um. Li alguns artigos e reportagens estando tudo em formato de impressão diferente do de hoje. Mas o que me veio à mente foi os inúmeros colaboradores durante todo esse período que enviaram seus textos, artigos, dando entrevista e que de uma forma ou de outra colaboraram com o suplemento Escola.
Minha intenção é homenagear a todos dando parabéns pela dedicação, disponibilidade e coragem de trabalharem sem haver o retorno financeiro e sim pelo próprio prazer de contribuir com a educação e ver seus textos publicados ou aparecer em alguma reportagem ou matéria do jornal.
Muitos dedicaram horas com pesquisas, realizando estudos, navegando na internet perdendo noites de sono, lendo livros, revistas, enfim dedicaram horas da sua vida em prol de uma educação melhor e no anseio de ver suas idéias e trabalhos publicados.
Em primeiro lugar um nome deve constar no topo das homenagens, o do Professor Marcos Antonio, sendo ele a peça principal de todo O Suplemento Escola. Parabenizar e elogiar são pouco diante do esforço, da dedicação, da inteligência, abnegação, determinação, superação, paciência e de todos os requisitos que fazem deste homem um baluarte na divulgação das atividades da educação no Rio grande do Norte, especificamente Mossoró e região. Muito tem contribuído este SUPLEMENTO ESCOLA mesmo nos momentos de maiores crises que passou ou talvez ainda passe a educação do Rio Grande Do Norte, divulgando o que tem de bom e ruim no nosso meio educacional.
O Projeto Ler Para Saber Mais trouxe definitivamente o jornal para dentro da escola mostrando toda a importância deste indispensável meio de comunicação na aplicação das suas matérias nas diversas disciplinas da grade curricular dentro dos mais variados assuntos. Muitas escolas através de seus professores desenvolveram trabalhos diversos em sala de aula utilizando este veiculo de comunicação para incentivar a leitura.
Muitos nomes passaram durante todos esses anos que existe O SUPLEMENTO ESCOLA. Citarei alguns mais conhecidos e que tive oportunidade de ler seus textos e reportagens como; Franceliza Monteiro, Flávia Fonseca Lima, Teobaldo de A. Costa, Socorro Gurgel, Graça Viana, Paula Carolina, Edimara de Lima, Francisca M. da Silva, Fábio Paride Pallota, Professor Raposo, José Tavares de A. Neto, José Romero A. Cardoso, João Batista Freire, Eustáquia S de Sousa, Tarcisio Mauro Vago, Olga Mendonça, Vitória Gurgel, José Adécio, Jadson Arnaud, Simone Golçalves da Silva Policarpo, Marilsa Fernandes, Maria da Graças Henrique, Táis Julião, Roberto Calixto, Carlos Heitor Filho e centenas de outros professores e profissionais ligados a educação que passaram por este semanário do Jornal Gazeta do Oeste.
Nesta homenagem gostaria de destacar de todos os nomes o de uma professora onde nos seus textos quando lia sentia algo diferente no seu conteúdo, alguns detalhes me chamavam mais a atenção que todos os outros textos. Procurei descobri o que era. Envie um e-mail para ela pelo endereço escrito junto aos textos, começamos um intercambio amigável e descobri a diferença logo. “Seus textos eram escritos com a palavra do coração”, tudo que ela escrevia vinha do fundo da sua alma e feito com amor e dedicação, foram dezenas e dezena de textos escritos noite adentra com muito zelo e dedicação. Muitos deles voltados para a causa dos deficientes físicos e suas crianças, como ela diz de seus alunos, “minhas crianças”. Muitos foram os temas apresentados pela professora preocupados com a saúde, ALIMENTAÇÃO NATURAL COMO ALTERNATIVA DE VIDA, ALGAS MARINHAS, VERDURAS DO MAR, QUE TEU ALIMENTO SEJA SEU REMÉDIO. Outros temas também fizeram parte do acervo de mais de setenta textos publicados no Suplemento Escola do Jornal Gazeta do Oeste, foram dezenas e dezenas deles; EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DIREITO A DIVERSIDADE, ORDEM E PROGRESSO, SE EU QUISER FALAR COM DEUS, DIA INTERNACIONAL DA MULHER, RÉTRASAME LA MUERTE, DROGAS TÔ FORA!, ORAÇÃO DO ESTUDANTE, PROFESSOR 100% ALFABETIZADOR, O MONSTRO DA INDIFERENÇA (Excelente texto este), DEFICIENTE DO CORAÇÃO, PESSOAS PRECISAM DE PESSOAS, MEU IRMÃO NEGRO, DAI-ME FORÇAS SENHOR, CARTA DE UM EXCEPCIONAL, ORAÇÃO DO ALUNO ESPECIAL. Estes últimos textos citados foram os mais emocionantes e envolventes que li, mas tiveram muitos outros escritos por ela que não tive a oportunidade de ler ainda, mas com certeza irei lê-los.
Meus sinceros parabéns a MARTHA CRISTINA MAIA professora da rede pública Municipal. Uma amiga do peito que conheci através do Suplemento Escola aprendendo a admirá-la de coração pela sua inteligência, bravura e dedicação a educação. Uma guerreira que mesmo deficiente de uma perna que a poliomielite teimou em paralisar, luta e trabalha incansavelmente dando um exemplo de perseverança e superação jamais visto por quem a conhece de perto, e eu tive este privilegio de conhecê-la. Tornei-me seu fã número um em ver nela uma abnegação jamais visto em muitos educadores que mesmo sendo pessoas saudáveis sem deficiências se nega a lutar e ter a responsabilidade de trabalhar por uma educação de qualidade, muitas vezes se omitem em ate trabalhar no seu expediente normal. Mas ela mesma deficiente é responsável e pontual nas suas atitudes e no desempenho das suas funções como educadora. Mil parabéns “Fessora” MARTHA CRISTINA MAIA.
Encerro com as palavras do seu último texto publicado; EDUCAÇÃO INCLUSIVA; DIREITO A DIVERSIDADE, da minha querida amiga e “fessora Martha” como carinhosamente aprendi a chamar.
“Queremos construir uma escola acolhedora aberta à diversidade, ao novo mundo que se anuncia. Ainda lutamos contra a quebra de paradigmas dentro do próprio sistema. Tratamentos diferentes não se referem a privilégio, e sim, à disponibilização de oportunidades iguais. E você, professor, tenha orgulho de sua profissão, sua sabedoria é cultura de uma arte única que pertence só a você.
A sociedade precisa conhecer os novos talentos, o seu trabalho, o seu respeito pelas diferenças e sua luta pela diversidade. Inclusão hoje e sempre... E a você, querido leitor, um lindo dia, lindo e especial cheio de luz, é o meu desejo” Martha Cristina Maia.




INDIGNAÇÃO

INDIGNAÇÃO

Por William Pereira da Silva

Muitas vezes nos tornamos chatos e repetitivos com o que apresentamos nos textos escritos, mas tem assuntos que não podemos fugir ou ignorar pelo fato de ter em mente ser esta uma das razões e talvez seja a principal da decadência do ensino publico do País. Falo da CORRUPÇÂO enraizada no sistema educacional Brasileiro, particularmente na rede pública de ensino Estadual.
No Jornal Nacional da Rede globo de Televisão no dia 27 de fevereiro de 2007 os apresentadores William Bonner e Fátima Bernardes dão esta notícia:

“No Ceará, o Ministério Público descobriu toneladas de livros didáticos vendidos para a reciclagem de papel. Livros que foram distribuídos de graça pelo governo federal. E muitos não passaram pelas mãos de aluno nenhum. O plenário e a sala de jurados viraram depósito de livros. As quase duas toneladas recuperadas pelo Ministério Público foram trazidas para o Fórum. A maioria, livros do ensino fundamental: português, matemática, ciências, história. Publicações distribuídas pelo Programa Nacional do Livro Didático, do Ministério da Educação, para as escolas de Itaitinga, na região metropolitana de Fortaleza. O que mais chama atenção nos livros recolhidos pelo Ministério Público é o bom estado de conservação de grande parte deles. Os de ciências, chegaram ao município ano passado. Nunca foram usados. E já iam virar papel reciclado. Os livros estavam em uma casa. O dono, que trabalha com materiais recicláveis, não foi encontrado. A família afirmou que os livros foram comprados da própria Secretaria de Educação do município, a R$ 0,10 o quilo. Como pertencem a União, o processo vai para a Justiça Federal. "Não há explicação para que o município, através de pessoas que têm instrução, que são conhecedoras da legislação, coloquem livros novos para serem reciclados, é uma coisa que realmente nos deixam perplexos", afirma a promotora Maria do Carmos Damasceno. A secretária de Educação de Itaitinga, Yaponira Chaves, confirma a venda, mas só das edições antigas. "Eu não posso afirmar se foi de propósito, se foi descaso, falta de controle, nós estamos agora averiguando o que foi que aconteceu realmente", fala Yaponira. No Fórum, funcionários e voluntários ajudam organizar as publicações. A líder comunitária Aurelice da Silva conta que em algumas escolas da cidade não há material suficiente e vários alunos têm que dividir o mesmo livro. “Em uma turma de 30 alunos, recebem 20 livros, no máximo. Eu tenho dois filhos que estudam na escola pública e eu sinto na pele e eles também", conta Aurelice”.
Indignado foi como fiquei ao ver e ouvir esta noticia. Como podemos falar em educação, diminuição da violência, da marginalidade, aumento do crescimento econômico do País se ainda temos de conviver com este tipo de violência contra a educação do Brasil? Vender Livros caríssimos, nunca usados, ainda embalados no plástico, por R$ 0,10 o kg para virar papel reciclável. Isto é um absurdo, um crime sem tamanho, merece cadeia e das grandes as pessoas envolvidas neste ato insano que revolta qualquer ser humano com sensibilidade para entender as causas da grande miséria existente em nossa Pátria , onde jovem perdem sua vida na marginalidade não encontrando meios de ter uma educação de qualidade.
Sempre escrevo textos relacionados à educação me referindo ao grande mal existente em nosso meio educacional que é a CORRUPÇÃO, sem lutar contra ela não haverá uma mudança significativa na educação do Brasil. Temos de banir do nosso meio gente desta estirpe, simples burocratas sem um mínimo de vivência na base educacional, simples esquentadores de cadeiras em salas de ar condicionados utilizando a educação somente para promoção pessoal, figurinhas humanas, fantoches de políticos, seres arrogantes e insensíveis mascarados de administradores usurpando o direito de todos vivenciarem uma educação de verdade onde educadores sejam respeitados pela sua intelectualidade e conhecimentos técnicos, alunos respeitados pela sua necessidade de aprender e se preparar para o mundo com conhecimentos e dignidade para concorrer com condições iguais dentro do contexto social.
Temos todos sem distinção, sem medo de expor nossos sentimentos de cólera despertada por ação indigna, mostrar o ódio, a raiva, o desprezo, a repulsa, a aversão a essas pessoas que ainda teimam em destruir o maior patrimônio da humanidade, A EDUCAÇÃO.


A OMISSÃO

A OMISSÃO

Por William Pereira da Silva


A omissão é o ato ou efeito de omitir(-se). Aquilo que se omitiu; falta, lacuna. Ausência de ação; inércia. Juridicamente é o ato ou efeito de não fazer aquilo que moral ou juridicamente se devia fazer.
No artigo do professor Wilson Bezerra de Moura, publicado do Jornal Gazeta do Oeste, na Coluna OPINIÃO do dia 18 de abril de 2007, ele coloca a omissão como um crime de alto grau, ainda segundo ele; “Salvo melhor entendimento, o maior crime que se pode cometer é a omissão. Este pode ser catalogado no código penal como o pior e mais grave de todos os crimes, porque o elemento em sã consciência pode cometê-lo fria e indiferentemente. O agente que pratica um ato errado pode Ter atenuante por ser movido de forte emoção. Já o omisso nada tem de emoção, torna-se culpado pelo fato de em plena consciência deixar de tomar uma atitude por questão de foro íntimo.”
As lutas pela melhoria da educação vêm de longas datas e todos sempre foram chamados para inserir-se nela. Muitos são chamados, poucos os que vêm lutar pela causa da educação. Notoriamente a luta envolve somente questões salariais e recursos para a educação sendo o restante dos problemas cruciais esquecida por todos.
Não vejo em nenhuma pauta de assembléias de sindicatos ou dentro das escolas a questão dos desmandos dentro do setor educacional. Há uma omissão escandalosa da parte de muitos educadores com as questões cruciais que deturpam o bom andamento do funcionamento das escolas sendo as causas conhecida de todos.
Lamentavelmente muitos têm consciência plena da real situação da ingerência, da incompetência e muitas vezes das aberrações cometidas por muitos dirigentes de escolas juntamente com favorecimentos ilícitos a amigos em diversas situações.
Vemos nos dia-a-dia acontecimentos dos mais nefastos sendo cometidos por muitos funcionários públicos inclusive professores que se Omitem em cumprir o mínimo da sua carga horária deixando alunos sem aula comprometendo o funcionamento normal da escola. Alguns hipocritamente não comparecem nem na escola e são apadrinhados de alguém não sendo importunados cortando seu ponto ou sem nenhum tipo de punição. Assim fica muito difícil conseguir uma educação de qualidade. Não adianta governos investirem pesados no setor enquanto houver a omissão de muitos em relação às situações catastróficas no interior de algumas escolas.
Houve casos em que professor ligado diretamente ao sindicato, sabedor das improbidades administrativas dentro da escola, indiscriminadamente omitiu-se deixando acontecer fatos desagraveis a toda comunidade escolar. Volto a lembrar as palavras do Professor Wilson Bezerra; O agente que pratica um ato errado pode Ter atenuante por ser movido de forte emoção. “Já o omisso nada tem de emoção, torna-se culpado pelo fato de em plena consciência deixar de tomar uma atitude por questão de foro íntimo.”
Temos de ter em mente na atualidade que temos o poder de agir e coibir as ações daqueles que usufruem dos bens públicos em benefícios próprios, como também dos politiqueiros de plantão na utilização das escolas como curral eleitoral. Os tempos mudaram, basta que deixemos de ser omissos para haver as reais mudanças necessárias no setor educacional.
É preciso acabar com OS “BUDAS” DA EDUCAÇÃO, aqueles que vão a escola sentar numa cadeira, meditar ou proclamar com voz altiva e eloqüente na importância das mudanças verdadeiras, mas não agem de acordo com o que pregam ficando como a estátua de BUDA eternamente sentada meditando numa educação melhor.